quarta-feira, 28 de março de 2012

Relatório da ONU mostra que países investem mal verba para redução de riscos de desastres

Não é nenhuma novidade, especialmente no Brasil. É só ver como estão os morardores das cidades fluminenses atingidas, ano passado, pelas chuvas em janeiro. E as do Maranhão e Santa Catarina, nos anos anteriores? E São Paulo, todos os anos? Enfim, realmente está na hora de "gastar onde importa".

21 de março de 2012 · Notícias

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Doadores internacionais devem fazer mais para assegurar que seus gastos com redução de riscos de desastres estejam alinhados às necessidades das comunidades afetadas, indica relatório da ONU publicado na terça-feira (20/03).

De acordo com o estudo “Redução do Risco de Desastres: Gastando onde importa”, comunidades carentes afetadas por desastres naturais e mudanças climáticas foram subfinanciadas, apesar das perdas econômicas globais de mais de um trilhão de dólares causadas pelos desastres naturais nos últimos 11 anos.

“Este relatório é uma análise muito oportuna do financiamento para a redução do risco de desastres quando fica claro que rompemos o teto de um trilhão de dólares em perdas econômicas só neste século”, disse a Representante Especial do Secretário-Geral para Redução de Riscos de Desastres, Margareta Wahlström, ao destacar que só em 2011 a estimativa conservadora de perdas no setor é de mais de 1,380 bilhão de dólares.

O estudo mostra que, entre 2000 e 2009, só 3,7 bilhões de dólares foram para a redução de risco de desastres nos 40 países mais pobres do mundo, representando mero 1% da dotação global para o desenvolvimento de 363 bilhões de dólares.

“Há algo claramente errado aqui. Afinal, estes países respondem por mais da metade das pessoas afetadas por desastres e quase 80% das mortes”, disse Wahlström.

“Peço que os doadores reexaminem suas prioridades para assegurar que os gastos com redução de riscos de desastres e adaptação às mudanças climáticas estejam mais de acordo com as necessidades”, acrescentou, destacando que o impacto das perdas econômicas foram muito maiores em países menos desenvolvidos do que em nações de alta renda.

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