quinta-feira, 22 de março de 2012

Gigantes do setor de cana ampliam sistema ferroviário

Fatos: nossas ferrovias são uma droga, precisamos de ferrovias e todo o investimento nelas é bem vindo.
Opinião: mas tem que ser investimentos no velho esquemão de exportar matérias-primas?!

Data: 1/3/2012

Fonte: Folha de S. Paulo

Dois gigantes do setor sucroalcooleiro vão investir R$ 3,3 bilhões em infraestrutura para reduzir custos e agilizar o escoamento da produção de açúcar e álcool do interior ao litoral de São Paulo.

Veja galeria de fotos de ferrovias abandonadas

A Rumo Logística, do grupo Cosan, planeja operar um novo sistema logístico de R$ 1,3 bilhão até a safra de 2014 da cana-de-açúcar. Já a Copersucar pretende aplicar outros R$ 2 bilhões até 2015.

As duas movimentam a produção de aproximadamente 200 usinas de açúcar e álcool -- sobretudo nos Estados do centro-sul do país.

Uma das principais metas com esses investimentos é a ampliação do uso de ferrovias para escoar a produção e reduzir custos com o transporte rodoviário -- pedágios e combustível, por exemplo.

Segundo o presidente da Rumo, Julio Fontana, o custo do transporte rodoviário varia muito durante o ano e é pouco previsível. "Já pelo modal ferroviário é possível ter um planejamento melhor e mais estruturado", afirmou.

Segundo ele, a mudança de modal é uma tendência. Em 2009, apenas 10% da safra chegava a Santos pelas ferrovias. Neste ano, diz Fontana, o percentual deve passar de 50% da produção.

Ainda na safra 2012/2013, a Rumo vai ampliar o transporte ferroviário das mercadorias em 45% e o modal passará a responder por 70% das operações. Fontana não revela quanto a empresa espera economizar com a mudança.

A opção por ferrovias não ocorreu antes, diz o presidente da Rumo, porque foi necessário recuperar parte da malha ferroviária paulista, o que foi feito junto com a ALL (América Latina Logística).

Um dos trechos é entre Sumaré (a 118 km de São Paulo) e Santos, já em obras.

Está em negociação também a recuperação do trecho que liga as cidades de Pradópolis, Barretos e Colômbia, na região de Ribeirão Preto (a 313 km da capital paulista).

No porto de Santos, Rumo e Copersucar construirão, em parceria, uma "pera ferroviária", estrutura férrea que agilizará o trânsito dos trens na área portuária.

MULTIMODAL

Na Copersucar, o modal ferroviário responde por 50% do transporte de carga e o percentual será elevado para 70% com a conclusão dos investimentos, diz a empresa.

Entre os investimentos programados estão novos terminais multimodais em Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, que juntos terão capacidade para movimentar 2 milhões de toneladas de açúcar por ano. A estrutura de Ribeirão Preto deve ser inaugurada em 12 de março e vai conectar a região produtora a Santos, também por ferrovia.

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