quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Quebra de patentes: o pesadelo de um gênio brasileiro

Mais um dos inúmeros mortivos que tornam este país um fracasso econômico e cultural.... Aaafff....

Quebra de patentes: o pesadelo de um gênio brasileiro

Ele poderia ser milionário, mas, até há pouco tempo, não tinha dinheiro nem para o aluguel. O inventor brasileiro do identificador de chamadas - ou BINA - usado pela telefonia celular em todo o mundo prova que uma grande ideia pode se transformar em um pesadelo através da quebra de patentes.

Aos 72 anos, Nelio José Nicolai,  ex-jogador de futebol transformado em técnico em comunicações por azar, hoje se apresenta como inventor e acredita que sua sorte seria outra se não fosse brasileiro.
"Ser Bill Gates ou Steve Jobs nos Estados Unidos é fácil, queria ver se um deles fosse inventor no Brasil", disse Nicolai em entrevista à AFP.

Nicolai encarnou por anos o paradoxo de gênios que mudam a vida de milhões de pessoas, mas sobrevive a duras penas.

Desempregado desde 1984, beirou a falência enquanto lutava na justiça contra as companhias telefônicas pelo pagamento de lucros.

Com 41 inventos patenteados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Nicolai é reconhecido como o criador do BINA (B Identifica o Número de A) ou identificador de chamadas. "Isso mudou a telefonia celular!", afirma orgulhoso.

Nos Estados Unidos e Canadá, lembra, foi tratado como gênio. Em 1996 recebeu uma medalha da Organização Mundial de Propriedade Intelectual. Mas no Brasil sua história é outra.

Briga com as multinacionais 

Em 1997 Nicolai recebeu do INPI a patente do BINA, após cinco anos de espera. Este instrumento não impede a utilização de uma ideia, mas prevê em troca o pagamento dos direitos.

Documento em mãos, pediu às empresas telefônicas o pagamento dos direitos. "Uma das empresas me disse: 'Vá à justiça, talvez seus bisnetos recebam algo'. Então decidi defender os direitos de meus bisnetos", afirmou. Se recebesse o que pede, Nicolai seria milionário.

Em sua batalha judicial de quase 15 anos, diz que as telefônicas modificaram seu invento. O BINA passou a ser conhecido como identificador de chamadas e foi até proibida a licença de uso.
Nicolai leva em sua pasta a patente, fotos de homenagens e cópias dos processos.

"O prejuízo (econômico) causado pela justiça brasileira por permitir a mudança da marca é uma vergonha. É um delito de lesa a pátria, porque não só afeta o patrimônio de uma pessoa, mas sim o de um país", denuncia.

No Brasil, há mais de 250 milhões de linhas de telefone celular ativadas e cada companhia cobra em médio 5 dólares mensais pelo identificador de chamadas, segundo seu advogado, Luis Felipe Belmonte.

Somente por esse serviço as companhias recebem cerca de 1,25 bilhão de dólares. "Imagina o quanto poderia pagar em impostos", diz Nicolai.

Enquanto tramitava o processo contra a Claro (do magnata mexicano Carlos Slim) e a Vivo (Telefônica da Espanha), a situação financeira de Nicolai piorou, e no ano passado ficou a ponto de ser despejado da casa que alugava.

Foi então que aceitou um acordo com a Claro para fechar a disputa. Recebeu apenas 0,25% do que pediu na justiça pelos direitos de sua patente.

O acordo é confidencial, mas com o que recebeu conseguiu comprar uma luxuosa casa em Brasília e um Mercedes novo. Agora espera que os juízes lhe beneficiem em seus outros pedidos.

A Vivo nega utilizar a tecnologia patenteado por Nicolai, e aguarda uma decisão final sobre a validade da patente, disse a empresa à AFP.

No Brasil, a patente de um invento pode custar 1.500 dólares, e sua expedição pode demorar em média de 5 a 8 anos, enquanto na Coreia do Sul o processo demora três anos, nos Estados Unidos quatro e na Europa cinco anos.

No ano passado, o INPI recebeu cerca de 35.000 pedidos de patente. Desde 2010 os pedidos aumentaram em média 10%, segundo Jorge Ávila, presidente do INPI.

"O principal problema é a demora", que prejudica a comercialização da ideia, por isso o governo busca agilizar o trâmite contratando mais examinadores", acrescentou.

"Uma patente dá segurança jurídica. Hoje, a forma de fazer negócios no mundo é com patentes, por isso esses pedidos crescem", disse.

A gigante americana Apple foi impedida na semana passada de registrar no Brasil a marca iPhone, pois a patente desse nome já foi dada pelo INPI para a brasileira Gradiente.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

ONU vai ajudar 30 países na transição para economia verde até 2020

"E lá vamos nós..."


ONU vai ajudar 30 países na transição para economia verde até 2020

20 de fevereiro de 2013 · Notícias

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Painéis solares em uma usina de energia utilizada para produzir energia renovável. Foto: Shutterstock
Uma nova parceria entre agências da ONU foi lançada terça-feira (19), em Nairóbi, Quênia, para apoiar 30 países nos próximos sete anos a criar estratégias nacionais de promoção da economia verde. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e o Instituto das Nações Unidas para Formação e Pesquisa (UNITAR) integram a Parceria para Ação pela Economia Verde (PAGE, na sigla em inglês).
O objetivo da parceria é criar novos empregos e áreas de atuação, promover tecnologias limpas e reduzir a pobreza e os riscos ao meio ambiente. A PAGE é uma das consequências do documento final da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), “O Futuro que Queremos”, que aponta a economia verde como um dos motores do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza.
“Este é mais um exemplo de como o PNUMA e os parceiros estão implementando as decisões da Rio+20. A PAGE vai catalizar as mudanças em nível nacional, auxiliando países a criar ferramentas econômicas e de gestão para uma transição para uma Economia Verde em diversos setores, incluindo energia limpa e agricultura sustentável”, afirma o Subsecretário-Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner.
“A OIT estima que metade da força de trabalho global – cerca de 1,5 bilhão de pessoas – pode ser favorecida em uma transição para uma economia verde. A PAGE quer reforçar as políticas e oportunidades para que os países avancem nos seus planos para uma economia verde, garantindo a criação de mais e melhores empregos e de benefícios para toda a sociedade”,  disse o Diretor Geral da OIT, Guy Ryder.
Esta é a primeira vez que estas quatro agências fazem um esforço conjunto para coordenar suas especialidades e recursos. Nos primeiros dois anos, a PAGE focará sem sete países pilotos, ainda a serem definidos, chegando ao total de 30 nações até 2020.

Google Science Fair: Em Busca da próxima geração de cientistas e engenheiros para mudar o mundo

Uma iniciativa excelente. Aos professores de todo o Brasil, está lançado o desafio de achar algum aluno que preste. Aos alunos de todo o Brasil, está lançado o desafio de prestar para alguma coisa.

Google Science Fair: Em Busca da próxima geração de cientistas e engenheiros para mudar o mundo

quarta-feira, janeiro 30, 2013 1/30/2013 12:36:00 PM

Aos 16 anos, Louis Braille inventou um alfabeto para cegos. Quando tinha 13 anos, Ada Lovelace ficou fascinada por matemática e escreveu o primeiro programa de computador. E aos 19, Alexander Graham Bell começou a experimentar com som e inventou o telefone. Ao longo da história muitos grandes cientistas desenvolveram sua curiosidade pela ciência desde muito jovens e acabaram por fazer descobertas revolucionárias que mudaram o modo como vivemos.

Hoje, lançamos a terceira edição anual do Google Science Fair, em parceria com o CERN, o Grupo LEGO, National Geographic e Scientific American para encontrar a próxima geração de cientistas e engenheiros. Estamos convidando estudantes entre 13-18 anos para participar da maior competição de ciência online e apresentar suas ideias para mudar o mundo.



Nos últimos dois anos, milhares de estudantes de mais de 90 países apresentaram projetos de pesquisa que abordam alguns dos problemas mais difíceis que enfrentamos hoje. Os vencedores de edições anteriores abordaram questões como o diagnóstico precoce do câncer de mama, como melhorar a experiência de ouvir música para pessoas com deficiência auditiva e catalogar o ecossistema encontrado na água. Este ano, esperamos mais uma vez inspirar a exploração científica entre os jovens e receber ainda mais inscrições para o nosso terceiro concurso.

Aqui estão algumas informações chave sobre a Google Science Fair deste ano:

  • Os estudantes podem submeter projetos para a Google Science Fair em 13 idiomas.
  • O prazo para inscrições é 30 de abril de 2013 às 23:59 (horario da Califórnia = horário de Brasilia às 03:59 do dia 01 de Março)
  • Em junho, vamos reconhecer 90 finalistas regionais (30 das Américas, 30 da Ásia-Pacífico e 30 da Europa / Oriente Médio / África).
  • Juízes selecionarão os 15 melhores projetos, que serão levados para a sede do Google em Mountain View, na Califórnia, para o nosso evento final ao vivo em 23 de setembro de 2013.
  • Na final, um painel de importantes juízes internacionais formado por renomados cientistas e inovadores em tecnologia irá selecionar vencedores em cada categoria de idade (13-14, 15-16, 17-18). Um deles será escolhido como o vencedor do Grande Prêmio.
Os prêmios da Google Science Fair 2013 incluem uma bolsa de US$ 50.000 do Google; uma viagem para as Ilhas Galápagos com Expedições da National Geographic; experiências no CERN; no Google ou no Grupo LEGO; e acesso aos arquivos digitais da Scientific American para a escola do vencedor por um ano. A Scientific American também irá conceder o prêmio Ciência em Ação no valor de US$ 50.000 para um projeto que fizer uma contribuição prática abordando um desafio social, ambiental ou de saúde. Também estamos lançando duas novas premiações em 2013:
  • Em agosto, o público terá a oportunidade de conhecer nossos 15 finalistas por meio de uma série de Hangouts on Air do Google+, e poderá votar no Prêmio Ideia Inspirada - um prêmio escolhido pelo público para o projeto com o maior potencial para mudar o mundo.
  • Também reconheceremos que por trás de cada grande aluno muitas vezes há o suporte de um grande professor e uma escola, por isso este ano o Google irá conceder um subsídio de US$ 10.000 e um Hangout do Google+ exclusivo com a CERN para a escola do vencedor do Grande Prêmio.
Por último, também faremos uma série de Hangouts on Air do Google+. Eles serão realizados às segundas, quartas e sextas-feiras e contarão com a participação de renomados cientistas, incluindo o inventor Dean Kamen e o oceanográfo Fabien Cousteau, mostrarão tours exclusivos por instalações de laboratórios de ciências de ponta, e darão acesso a juízes e à equipe da Google Science Fair. Esperamos que esses Hangouts ajudem a inspirar, orientar e dar apoio aos alunos durante a competição e também para além disso.

Visite www.googlesciencefair.com para começar agora: sua ideia pode mudar o mundo.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Mali: ONU ressalta necessidade de apoiar agricultores deslocados antes do início da temporada de plantio

Seguindo o assunto de ontem, falemos de comida. Ou da falta dela. Ou melhor: da possível, porém evitável falta dela. #VaiMali

Mali: ONU ressalta necessidade de apoiar agricultores deslocados antes do início da temporada de plantio

15 de fevereiro de 2013 · Destaque

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Na imagem, a menina Mariam, de 8 anos, chega à escola em Niamey, capital do Níger. Ela e sua família deixaram sua casa em Aguelok, no norte do Mali, em janeiro de 2012 – quando os conflitos começaram. Aproximadamente 6 mil malineses estão refugiados em Niamey. A maioria está em casas de família ou em abrigos improvisados. Foto: ACNUR.
Há uma necessidade urgente de ajudar os agricultores do Mali deslocados a retornar a suas terras antes do início da temporada de plantio, em maio. É o que afirmou nesta sexta-feira (15) a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), ressaltando que a capacidade de resistir das comunidades “deve ser melhorada para garantir a segurança da indústria agrícola”.
“Como a situação de segurança continua complicada, a FAO, as agências parceiras e a comunidade internacional devem fazer tudo o que pudermos para ajudar o Governo a apoiar os agricultores a regressar à sua terra, onde é seguro fazê-lo, e retomar o cultivo de alimentos”, disse o Diretor-Geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, após se encontrar com o Ministro da Agricultura do Mali, Baba Berthé.
“O Mali simplesmente não pode se dar ao luxo de ficar de fora da próxima safra”, ressaltou.
Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva (à direita), se encontra com Baba Berthé, Ministro da Agricultura do Mali, na sede da FAO em Roma. Foto: FAO/Alessia Pierdomenico.
O Norte do Mali foi ocupado por radicais islâmicos após o início dos combates, em janeiro de 2012, entre as forças governamentais e rebeldes tuaregues. O conflito já deslocou centenas de milhares de pessoas, levando o Governo malês a solicitar assistência da França para deter o avanço militar de grupos extremistas.
Apesar da melhoria na situação de segurança no norte, as condições precárias permanecem, com muitos mercados e lojas ainda fechados. Cerca de 2 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar em todo o país devido às crises anteriores, provocadas por uma combinação de seca, alta dos preços do grão e degradação ambiental, afirmou a FAO em um comunicado.
Muitos dos deslocados são agricultores que vivem em campos de refugiados ou estão com famílias de acolhimento em países vizinhos, como Burkina Fasso, Mauritânia e Níger. Outros pequenos agricultores mudaram-se temporariamente para o sul do Mali, aumentando a pressão sobre os recursos alimentares locais. Outros voltaram para casa, mas não foram capazes de cultivar sua terra por conta do pouco ou nenhum acesso às ferramentas, sementes e animais necessários para iniciar a produção.
Atualmente, muitas famílias estão contando com estoques de alimentos domésticos, mas serão forçadas a recorrer a mercados quando a entressafra começar. Para sobreviver, eles podem consumir ou vender sementes ou plantas para arborização destinadas a ferramentas agrícolas e outros insumos, disse a FAO.

Programa da ONU envia alimentos para região

Agências da ONU estão ajudando os deslocados também por meio da distribuição de alimentos. Em uma coletiva de imprensa em Genebra hoje, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) informou ter enviado mais de mil toneladas de produtos alimentares diversificados para a região de Timbuktu, uma vez que retomou as atividades no país no início deste mês.
Além de Timbuktu, a agência tem em curso a distribuição de alimentos para mais de 76 mil pessoas deslocadas internamente em Bamaco, Mopti, Segou e Kayes, com o objetivo de fornecer alimentos emergencialmente para 564 mil e em torno do país. Para atingir essa meta, cerca de 45 milhões de dólares são necessários urgentemente para comprar suprimentos, que devem durar até junho.

Enviado da ONU se encontra com líderes da Mauritânia

Nesta quinta-feira (14), o Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para o Sahel, Romano Prodi, se encontrou com autoridades da Mauritânia, país que faz fronteira com o Mali, para discutir temas como a luta contra o terrorismo, meio ambiente e o impacto da crise no Mali.
Prodi, que está realizando uma viagem por toda a região, e o Representante Especial da ONU para a África Ocidental, Said Djinnit, reuniuram-se com Presidente mauritano, Mohamed Ould Abdel Aziz na capital do país, Nouakchott.
Na quarta-feira (13) Prodi também se encontrou com o Ministro das Relações Exteriores do país, Mohamed Saleck Ould Mohamed Lemine, como parte de um esforço para desenvolver uma Estratégia Regional Integrada das Nações Unidas para o Sahel.
Além da insurgência e instabilidade política em Mali, a região do Sahel – que se estende do Oceano Atlântico ao Mar Vermelho – sofre de pobreza extrema, com níveis de desenvolvimento humano entre os mais baixos do mundo, fronteiras com muita insegurança, assim como importantes problemas de direitos humanos.
Em setembro, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, nomeou Prodi – ex-Primeiro-Ministro da Itália – como seu enviado especial e o encarregou da formação e mobilização de uma resposta internacional e eficaz ONU às múltiplas crises na região.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Lixo eletrônico pode gerar empregos e desenvolvimento sustentável no Brasil, diz Banco Mundial

Lixo eletrônico pode gerar empregos e desenvolvimento sustentável no Brasil, diz Banco Mundial

7 de fevereiro de 2013 · Destaque

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Funcionária de uma empresa de reciclagem desmonta impressora: a produção de lixo eletrônico (e-waste) no Brasil deve aumentar para 8kg/habitante/ano em 2015. Atualmente, são gerados 6,5kg/habitante/ano. Foto: Estre Ambiental/Divulgação.
Segundo o Banco Mundial, o lixo eletrônico (e-waste) pode criar empregos verdes no País. “O Brasil deve se concentrar na coleta e no processamento inicial do lixo eletrônico, incluindo a separação e a desmontagem (…); essas atividades geram um bom retorno sobre o investimento em termos de criação de empregos e impacto ambiental”, disse o Banco.
No entanto, o e-waste também produz danos ao meio ambiente e deve aumentar em razão da maior procura de eletrônicos até a Copa do Mundo de 2014 e pelas explorações de petróleo na camada do pré-sal.
“Esses equipamentos liberam resíduos tóxicos no ambiente, contaminando ar, água e solo”, explica a relatora do Banco Mundial, Vanda Scartezini. “Tais resíduos, como mercúrio e chumbo, também podem causar problemas de saúde em catadores e outras pessoas”.
As análises propostas fazem parte do relatório “Não joguemos a oportunidade fora – Evidências para um gerenciamento correto do lixo eletrônico brasileiro”, do qual Scartezini é uma das autoras. O documento analisa os riscos de impactos ambientais futuros e mostra o quanto o tema é, ao mesmo tempo, estratégico e delicado para a indústria nacional.
O estudo foi feito a pedido do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e lançado após que o Governo Federal aprovou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Um acordo – atualmente em negociação – entre o Estado e a indústria de eletrônicos vai permitir a implementação da lei.
“Fica difícil definir um padrão único para a coleta e o processamento quando há tantos produtos gerando e-waste”, diz o Gerente de Responsabilidade Sócio-Ambiental da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Ademir Brescansin.
Apesar dessa e de outras dificuldades, o governo e as empresas estabeleceram um prazo até 2014 para chegar a um acordo, definir metas de reciclagem e começar definitivamente a agir.

José Maria Marin Fora da CBF !!!

Vamos varrer os canalhas!

José Maria Marin Fora da CBF !!!

José Maria Marin tem sua vida ligada àqueles que sustentaram a ditadura brasileira. Fez discursos publicamente em favor do assassino e torturado Sérgio Fleury. Apoiou os movimentos que levaram a tortura, morte e desaparecimento de centenas de brasileiros. O caso mais notório é do jornalista Vladimir Herzog. Se a justiça não consegue processar estas pessoas por conta de uma lei de Anistia torta, não podemos permitir que Marin viva a glória de estar a frente do maior evento mundial da nossa história. Conheça esta face negra de José Maria Marin aqui: http://blogdojuca.uol.com.br/2013/02/resposta-a-marin/ 

Por que isto é importante

Podemos impedir que uma pessoa ligada à ditadura seja o embaixador do Brasil no evento mais importante da sua história: A Copa do Mundo de 2014. Ter Marin a frente da CBF é como se a Alemanha tivesse permitido um membro do antigo partido nazista ter organizando a Copa de 2006.
Esta pessoa estará representado o nosso país e recebendo convidados de todo o mundo. Não devemos ter alguém que possamos nos orgulhar a nos representar?

POR IVO HERZOG*
Amigos,
Eu acabei de criar minha própria petição e espero que possam assiná-la.
Ela se chama: José Maria Marin Fora da CBF !!!.
Eu realmente me preocupo sobre este assunto e juntos nós podemos fazer algo a respeito.
Cada pessoa que assina nos ajuda a chegarmos mais próximo do nosso objetivo de 100 mil assinaturas — será que você pode nos ajudar assinando a petição?
Clique aqui para ler mais a respeito e assine:
http://www.avaaz.org/po/petition/Jose_Maria_Marin_Fora_da_CPF/?launch
Campanhas como esta sempre começam pequenas, mas elas crescem quando pessoas como nós se envolvem — por favor reserve um segundo agora mesmo para nos ajudar assinando e passando esta petição adiante.
Muito obrigado,

Depois de ter enviado um email para seus amigos, faça sua petição crescer ainda mais compartilhando-a no facebook e no twitter a partir de sua página de compartilhamento:
http://www.avaaz.org/po/petition/Jose_Maria_Marin_Fora_da_CPF/?tLJTieb
Vamos fazer a diferença,
*Ivo Herzog é presidente do Instituto Vladimir Herzog e filho do jornalista morto sob tortura nas dependências da OBAN, em São Paulo, em 1975.

Economia verde cria milhões de empregos no Brasil e no mundo, afirma estudo da OIT

Por um novo capitalismo. Agora!

Economia verde cria milhões de empregos no Brasil e no mundo, afirma estudo da OIT

15 de fevereiro de 2013 · Destaque

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Economia verde cria milhões de empregos no Brasil e no mundo, afirma estudo da OITDocumento lançado nesta sexta-feira (15) rebate tese de que transição para uma economia mais verde impactará negativamente o nível de emprego. Relatório alerta, no entanto, para riscos da degradação ambiental.
Um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançado nesta sexta-feira (15) afirma que, em países com diferentes níveis de desenvolvimento, a transição para uma economia mais verde e sustentável criou milhões de postos de trabalho. Nos Estados Unidos, por exemplo, o emprego em bens e serviços ambientais foi de 3,1 milhões em 2010. No Brasil, 2,9 milhões de postos de trabalho foram registrados em áreas dedicadas à redução dos danos ambientais, no mesmo período.
Os números em diversos países mostram que o argumento de que a transição para uma economia mais verde impactará negativamente o nível de emprego tem sido geralmente exagerado. “De fato, são os países em desenvolvimento que podem se beneficiar da criação de empregos em áreas de tecnologias limpas e energias renováveis”, afirma o estudo, intitulado “O desafio da promoção de empresas sustentáveis na América Latina e no Caribe: Uma análise regional comparativa”.
Países como México e Brasil estão liderando a adoção de medidas para lidar com as questões ambientais, especialmente em estratégias nacionais de crescimento com baixo carbono, indica o documento.
Um estudo do Banco Mundial no Brasil citado pela publicação da OIT afirma que a redução, até 2030, das emissões de carbono em mais de um terço é compatível com o crescimento do PIB e da economia. O estudo afirma que “o País tem grande oportunidade de mitigar e reduzir suas emissões de carbono em setores como agricultura, energia, transporte e gestão de resíduos, sem afetar negativamente o crescimento econômico”.
Acesse o estudo, em espanhol, clicando aqui.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Pensar. Comer. Conservar: nova campanha do PNUMA e da FAO contra o desperdício alimentar

Excelente campanha! Realmente é muito desperdício, especialmente nos países mais ricos. Gastança sustentada, é importante lembrar, pelos baixos salários das lavouras dos países subdesenvolvidos...
"De um lado esse carnaval, de outro a fome total..."

Pensar. Comer. Conservar: nova campanha do PNUMA e da FAO contra o desperdício alimentar

14 de fevereiro de 2013 · Destaque

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Promovida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a campanha alerta que 1,3 bilhão de toneladas de comida são desperdiçadas a cada ano. Iniciativa dará informações para evitar o desperdício, reduzir o impacto ambiental e poupar recursos.
Campanha do PNUMA, da FAO e outros parceiros visa combater o desperdício alimentar mundial.
Mais de um bilhão de toneladas de comida são desperdiçadas a cada ano. Para reverter esta situação, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura  (FAO) lançaram no dia 22 de janeiro a campanha global contra o desperdício de alimentos “Pensar. Comer. Conservar. Diga não ao Desperdício”.
A iniciativa se dirige especialmente aos consumidores, comerciantes e outros atores sociais da área gastronômica e de hospedagem e reunirá diversas ações contra o desperdício, reunidas em um portal (www.thinkeatsave.org). Segundo a FAO, um terço dos alimentos é perdido durante os processos de produção e venda, um desperdício equivalente a um trilhão de dólares.
“Nas regiões industrializadas, quase metade da comida descartada, cerca de 300 toneladas por ano, ainda está própria para o consumo. Esta quantidade é equivalente a toda a produção de alimentos da África Subsaariana, e suficiente para alimentar 870 milhões de pessoas”, informou o Diretor-Geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.
A campanha fornecerá informações e dicas para evitar o desperdício, reduzir o impacto ambiental e poupar recursos. Os consumidores serão incentivados a não se deixar seduzir por estratégias para consumir mais do que o necessário. Já os comerciantes podem oferecer descontos em produtos próximos da data de validade.
A iniciativa é coordenada pelo Save Food Initiative, ação da FAO e da Messe Düsseldorf,  e pelo “Desafio Fome Zero”, do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon. Participam também organizações como a WRAP UK, de incentivo à reciclagem, e Feeding the 5000, que distribui alimentos que seriam descartados, além de outros parceiros, como governos nacionais com experiência em políticas contra o desperdício.
Saiba detalhes sobre a campanha, em português, no site do PNUMA clicando aqui.
Participe da campanha global acessando www.thinkeatsave.org

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Brasil cai no ranking global de transparência apoiado pelo Banco Mundial

O que me surpreende, na verdade, é que o Brasil esteja tão bem no ranking! Como pode? Vale lembrar que já é a segunda quinzena de Fevereiro e o Congresso Nacional ainda não aprovou o orçamento DESTE ano (?!)...

Brasil cai no ranking global de transparência apoiado pelo Banco Mundial

7 de fevereiro de 2013 · Notícias

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Índice de orçamento abertoO Brasil perdeu três posições no Índice Orçamento Aberto, organizado pela Parceria Internacional do Orçamento (IBP, na sigla em inglês). De acordo com a pesquisa lançada internacionalmente em janeiro, há três anos os brasileiros ocupavam a 9ª colocação, mas em 2012 passaram para a 12ª. No ranking, o País perdeu espaço para Rússia, República Tcheca e Eslovênia, apesar de elevar ligeiramente a pontuação em uma escala que vai de zero a cem, passando de 71 para 73 pontos, a mais alta da América do Sul.
“A pontuação do Brasil indica que o governo oferece ao público informações significativas sobre as atividades financeiras e orçamentárias do governo federal ao longo do exercício orçamentário. Isso possibilita que os cidadãos responsabilizem o governo pela gestão do dinheiro público”, informa o texto da Pesquisa do Orçamento Aberto.
A pesquisa também faz diversas recomendações, uma delas é que o País produza e publique uma análise semestral, já realizada por 29 países, incluindo vizinhos como Chile e Peru. O documento facilitaria a participação da sociedade ao longo do ano.
“Um dos pontos que o Brasil precisa avançar é a participação da sociedade no ciclo da lei orçamentária anual. É preciso uma metodologia de orçamento participativo, como é feita localmente, para a definição da alocação do orçamento federal”, explica Lucídio Bicalho, responsável pela pesquisa no Brasil.
O estudo consiste em 125 questões factuais preenchidas por pesquisadores independentes em cem países, submetido a um processo de revisão extensa, incluindo dois revisores anônimos. Utiliza metodologia recomendada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e conta com o apoio do Banco Mundial para sua divulgação.
Para fazer o download da versão em inglês, clique aqui. Para acessar o resumo Brasil em português, clique aqui.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

ONU convida internautas para debate sobre sustentabilidade ambiental

Ideia genial. Tem alguma ideia que preste? Divulgue-a! Eu já fiz isso!

ONU convida internautas para debate sobre sustentabilidade ambiental

8 de fevereiro de 2013 · Notícias

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O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançaram o debate virtual Sustentabilidade Ambiental para o Mundo que Queremos. As consultas sobre como ajudar o desenvolvimento nos próximos anos estão abertas ao público até 1º de março.
O debate integra a primeira fase de uma consulta global para estabelecer um olhar mais amplo sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), além de discutir novas ideias e experiências sobre a sustentabilidade ambiental.
Os organizadores da consulta recomendam a leitura do documento-base com informações que podem auxiliar na formulação das sugestões. É possível dar a sua contribuição em português ou em outro idioma de sua escolha.
A sustentabilidade ambiental foi apontada pelo Grupo de Trabalho da ONU para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 como uma das principais dimensões que devem influenciar as políticas de desenvolvimento pós-2015 – em conjunto com o desenvolvimento social, a economia inclusiva e promoção da paz e segurança. O tema foi debatido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro.
Para participar da consulta, clique aqui.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

ONU lança sites em português sobre crises na Síria e no Mali

Vamos lá. Você é uma pessoa que nasceu no Planeta Terra? Então pronto, essa notícia já é muito relevante. Especilamente com uma mídia como a nossa que não difunde as notícias relevantes da forma como devam ser relatadas. Agora entendam, mesmo que parcialmente, o que acontece com estas nossas 2 nações e ressegnifiquem o conceito de CRISE.

ONU lança sites em português sobre crises na Síria e no Mali

4 de fevereiro de 2013 · Destaque

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Criança aguarda, curiosa, para ser registrada em um centro em Al Beereh (Líbano). (ACNUR / S.Malkawi)
As Nações Unidas lançam nesta segunda-feira (4) dois sites especiais em português sobre duas das maiores crises em andamento no mundo. Produzidos pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), os sites tratam da recente crise no Mali, localizado no coração da África Ocidental, e dos conflitos na Síria, país do Oriente Médio que há quase dois anos está mergulhado em uma crise que já deixou mais de 60 mil mortos.
As páginas tanto da Síria quanto do Mali possuem uma contextualização resumida da situação atual, um mapa explicativo, a forma como as pessoas podem ajudar os atingidos pelos conflitos, notícias diárias, imagens das equipes da ONU nos respectivos países e nas regiões onde se concentram os refugiados, bem como diversos canais para que as pessoas possam se manter atualizadas sobre a situação.
É possível acessar os sites por meio dos seguintes links: www.onu.org.br/siria e www.onu.org.br/mali

Entenda as crises

O conflito na Síria continua causando sofrimento humano e destruição imensuráveis. Dados compilados pelo escritório de direitos humanos da ONU indicam que mais de 60 mil pessoas foram mortas desde março de 2011, quando começou o levante contra o Presidente Bashar al-Assad.
A estimativa é que mais de quatro milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente. Até o começo de janeiro, o número de refugiados sírios no Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia já superava os 600 mil.
No Mali – um vasto país encravado na região do Sahel – a situação política, social e de segurança é volátil, depois de um golpe de Estado em março de 2012 e que grupos armados tomaram três regiões no norte do país. Isto causou movimentos populacionais dentro do Mali e também para países vizinhos.
A nação é a 175ª colocada entre 187 países avaliados pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e cerca de 69% da população vive abaixo da linha de pobreza. Além disso, mais de um quinto das crianças em idade escolar não frequentam aulas: três quartos das quais são meninas.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Promessa da Copa de melhorar mobilidade urbana não será cumprida

Um bom panorama explicativo e excelente exemplo sobre porque o Brasil é o fracasso social que é, e porque se esforça para continuar sendo. Para sempre...


Promessa da Copa de melhorar mobilidade urbana não será cumprida


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Vendidas como o principal legado da Copa de 2014 para população, obras de mobilidade urbana são abandonadas; só no mês passado foram seis

“A Copa do Mundo funciona como uma espécie de catalisador. Temos uma grande oportunidade de executar planos de investimentos e de melhorar a qualidade dos serviços nas grandes cidades, sobretudo o transporte público.”

A declaração, feita em setembro de 2011 pelo então ministro do Esporte, Orlando Silva, resume a principal justificativa do governo para que a população saudasse a realização da Copa no país: o legado para as 12 cidades-sede, que seriam beneficiadas com as obras de mobilidade urbana, necessárias não apenas para a competição, mas para os que residem ali. Um ano e quatro meses depois, porém, vários empreendimentos projetados para melhorar o transporte público e o trânsito foram cancelados – ou substituídos por obras de menor impacto.

A Matriz de Responsabilidades – documento do Ministério do Esporte que elenca toda as obras de infraestrutura para a Copa – previa 50 intervenções de mobilidade urbana e orçamento de R$ 11,59 bilhões quando divulgada em janeiro de 2010. Dessas 50, até agora foram canceladas 13 obras em dez cidades-sede: em Manaus, o Monotrilho Leste/Centro e o BRT (sigla para Bus Rapid Transit, o corredor de ônibus) do Eixo Oeste/Centro; em São Paulo, excluiu-se o Monotrilho da Linha 17-Ouro; em Brasília, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos, metrô de superfície; em Curitiba, a requalificação das vias do Corredor Metropolitano, em Natal, a reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire; em Salvador, o BRT no Corredor Estruturante Aeroporto/Acesso Norte; em Fortaleza, o Corredor Expresso Norte-Sul e o BRT Projeto Raul Barbosa; em Belo Horizonte, o BRT Pedro II/Carlos Luz; em Porto Alegre, o BRT Assis Brasil, e os BRTs Aeroporto/CPA e Coxipó/Centro, em Cuiabá.

Outras 16 obras de mobilidade foram incluídas posteriormente e são 53 as obras que constam hoje na Matriz mas a maioria de menor porte do que as canceladas ou interrompidas, e quase sempre realizadas no entorno dos estádios – e portanto relacionadas com acesso aos jogos, não com a mobilidade das cidades-sede. Por isso, o orçamento tem hoje quase 3 bilhões a menos do que o previsto: é de R$ 8,6 bilhões. Só na última revisão do documento, no mês passado, seis obras de mobilidade foram substituídas por outras oito obras de entorno. De prioridade máxima, o legado para as cidades-sede vai se reduzindo.
Em Salvador, por exemplo, em vez de um corredor do ônibus ligando o Aeroporto Internacional ao norte da cidade, serão feitas duas pequenas intervenções no entorno da Arena Fonte Nova, o estádio da Copa na Bahia, com custo de R$ 35,7 milhões, o que representa R$ 532 milhões de redução do investimento previsto. Nem o governo municipal – que queria o corredor de ônibus previsto – nem o governo do estado da Bahia, que pretendia incluir na Matriz o metrô de Salvador, em vez do corredor, tiveram os projetos contemplados. Por enquanto a população ficou sem corredor de ônibus e sem metrô – depois de uma negociação com o governo federal, o governo estadual conseguiu incluir o metrô, com orçamento de 3,5 bilhões de reais, no PAC de Mobilidade Urbana. Que nada tem a ver com a Copa.

São Paulo teve um caso semelhante: em vez do Monotrilho da Linha 17-Ouro, que ligaria o bairro do Morumbi ao Aeroporto de Congonhas, com orçamento previsto de R$ 1,881 bilhão, ganhou intervenções viárias no entorno do estádio do Corinthians, orçadas em 317,7 milhões.

POR QUE AS OBRAS PARAM?

Além dos projetos que não saíram do papel, há casos mais graves de obras interrompidas por suspeitas de irregularidades. Em Brasília, por exemplo, as obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que ligariam o aeroporto ao Terminal Rodoviário da Asa Sul integrando-se ao metrô, começaram em setembro de 2009, foram incluídas em janeiro 2010 na Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo com orçamento de R$ 364 milhões, e paralisadas em setembro do mesmo ano pela Justiça por suspeitas de irregularidades. O responsável pela execução da obra era o governo distrital, que também contribuiria com R$ 3 milhões de custos.

A liminar que paralisou as obras foi concedida pelo juiz José Eustáquio de Castro Teixeira, da 7ª Vara de Fazenda Pública do DF, ao aceitar a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que apontou fraude na concorrência do Metro-DF com o intuito de favorecer duas empresas: a Dalcon Engenharia e Altran/TCBR. Segundo o Ministério Público, ambas seriam sócias ocultas e a vencedora da licitação, a Dalcon Engenharia, teria repassado R$ 1 milhão para a empresa “concorrente”. O ex-presidente do Metrô-DF, José Gaspar de Souza, foi acusado de manter vínculos estreitos com as duas empresas e exonerado em abril de 2010 pelo então governador do DF, Rogério Rosso (PMDB).
Em abril de 2011, o mesmo juiz exigiu que fosse aberta uma nova licitação para o VLT. Um ano depois, o secretário de Obras do DF, David de Matos, declarou que o primeiro trecho da obra do VLT não ficaria pronto até 2014 por causa dos atrasos provocados pelo cancelamento da licitação e a obra foi oficialmente retirada da Matriz a pedido do governador Agnelo Queiroz em setembro do ano passado.

Procurada pela Pública, a Secretaria de Comunicação do Governo do Distrito Federal (SECOM-DF) divulgou nota dizendo que “a retirada do VLT da Matriz de Responsabilidade da Copa será compensada pela readequação da DF 047, que liga a estação de passageiros do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek até a parte central da capital, com a implantação de uma via exclusiva dedicada a ônibus de passageiros, turistas e delegações.” E afirmou: a distância do estádio Mané Garrincha até o centro de Brasília é de 3 km, “o que facilita e incentiva o acesso a pé”.

A POPULAÇÃO DE MANAUS FICOU SEM OBRAS DE MOBILIDADE

Em termos de mobilidade urbana, Manaus ganharia duas obras importantes, previstas desde 2010: o Monotrilho Norte/Centro e o BRT no Eixo Leste/Centro, que seriam integrados. Ambas as obras, porém, foram excluídas da Matriz de Responsabilidades da Copa.

A obra do monotrilho, orçada em R$ 1,307 bilhão, foi licitada em março de 2011 e quatro meses depois tornou-se alvo de investigação do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM). O relatório do TCE qualificou o projeto básico da obra de “incompleto e deficiente” e fez 32 restrições a ele – desde a falta de estudos técnicos preliminares até a ausência de estudos tarifários, dos custos de desapropriação e de justificativas para os valores apresentados. Sobre o edital, alvo de outras 27 restrições, o TCE disse que “não atende aos requisitos da Lei de Licitações e Contratos (8.666/93).

O relatório também registrou que os órgãos responsáveis pelo projeto básico do monotrilho (Secretaria Estadual de Infra-Estrutura) e pela licitação (Comissão Geral de Licitação) não se manifestaram mesmo quando acionados. E pediu a anulação da licitação, “por estar eivada de vícios que a tornam ilegal”, recomendando multar os chefes dos órgãos públicos envolvidos. Também solicitou o envio de cópias dos documentos da licitação ao Ministério Público do Amazonas para prosseguir com a investigação e à Caixa, que não liberou os recursos para a obra. Ainda assim, o projeto foi levado adiante pelo governo estadual, que executou todas as etapas que não dependiam de recurso federal.

Já o BRT tinha o custo previsto de R$ 290,7 milhões. O edital de licitação foi lançado em outubro de 2010. Tanto a CGU quanto o Tribunal de Contas do Amazonas, em fevereiro de 2011, apontaram falhas no projeto. Ainda naquele mês, em ação conjunta, os Ministérios Públicos estadual e federal solicitaram explicações da Prefeitura, responsável pela execução da obra, e recomendaram à Caixa Econômica Federal (CEF) que não liberasse recursos antes da correção dos erros.

Em outubro de 2012, no primeiro encontro entre o prefeito eleito, Artur Neto (PSDB), e o governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD) foi anunciado que as obras não ficariam prontas para a Copa. “A capacidade da Arena da Amazônia é de 42 mil pessoas, isso cabe facilmente no Sambódromo. As pessoas vão, estacionam e ninguém reclama da mobilidade. No dia da Copa se decreta feriado municipal e não vai ter problema”, minimizou Aziz.

À Pública, o coordenador da Unidade Gestora da Copa (UGC) em Manaus, Miguel Capobiango, disse que as críticas feitas ao monotrilho são de natureza técnica e não jurídica e que por isso o governo do Amazonas tocou o projeto mesmo com pareceres contrários da CGU, do Ministério Público e do TCE. “Entendemos que eles não tinham caráter definitivo, por isso seguimos com o projeto”, justifica. As obras do monotrilho foram incluídas no PAC de Mobilidade Urbana e devem estar prontas, segundo ele, no fim de 2015, ou início de 2016.

PURA “PROPAGANDA”, DIZ ESPECIALISTA

Para o engenheiro Lúcio Gregori, ex-secretário de Transportes na gestão da prefeita Luiza Erundina em São Paulo (1989-1992), o equívoco começa ao pensar em soluções de mobilidade urbana a partir de megaeventos esportivos. “Esse tipo de investimento voltado à realização de eventos esportivos foi feito na Europa, como em Barcelona, mas as cidades europeias já dispõem de um bom sistema de transporte. Aqui, a mobilidade urbana em geral é muito ruim e a tese de que os eventos esportivos transformariam a mobilidade urbana nas cidades brasileiras me parece mais propaganda do que outra coisa.Teriam de ser feitos investimentos de outra natureza para realmente gerar mobilidade, sem a premissa de prazos, custos, e necessidades específicas dos megaeventos”, diz Gregori.

Na visão de Lúcio, a discussão sobre mobilidade urbana no Brasil e na Copa ainda esconde uma disputa de mercado entre modelos de transporte. “Há uma discussão disfarçada sob um manto de tecnicalidade, mas que na verdade disfarça a disputa de mercado: o BRT versus o VLT versus o Monotrilho. São três disputas, diferentes fornecedores, diferentes efeitos no sentido de quem fornece o que para esses sistemas e quem lucra com essa operação. A mobilidade urbana está virando um prato em que vários comensais estão interessados. Também não é possível fazer uma discussão séria sobre mobilidade urbana no Brasil pautado
nessa disputa de mercados, investimentos e lucratividade”, conclui.

O blog Copa Pública é uma experiência de jornalismo cidadão que mostra como a população brasileira tem sido afetada pelos preparativos para a Copa de 2014 – e como está se organizando para não ficar de fora.

Use esta reportagem no seu site, citando a fonte.
http://www.apublica.org/roube-nossas-historias/

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Parabéns para nós!

Quem diria hein? Há exatos UM ANO, aos 07 de Fevereiro de ano de 2012 iniciávamos isto aqui. E cá estamos, 366 dias depois (afinal o ano de 2012 foi bissexto) e, o mais impressionante, 15 mil acessos. Isto é, cravados 1250 acessos por mês, ou mais de 40 acessos diários, 2 por hora, etc. Para um blog despretencioso, sem patrocinadores, nem financiadores, está mais do que bom.

Ficam expressos, junto ao meu espanto, minha gratidão.

15 mil agradecimentos!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Israel decide não participar da Revisão Periódica Universal de direitos humanos da ONU

Êeee... sempre Israel fazendo suas israelices... afff...


Israel decide não participar da Revisão Periódica Universal de direitos humanos da ONU

29 de janeiro de 2013 · Notícias

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Israel se tornou, nesta terça-feira (29), o primeiro país a não se apresentar na reunião do Conselho de Direitos Humanos em Genebra (Suíça) para a Revisão Periódica Universal.  A avaliação dos direitos humanos em Israel faria parte de uma sessão de duas semanas, durante a qual 14 Estados estão tendo seus registros de direitos humanos examinados. Esta sessão acaba no dia 1º de fevereiro.
A Revisão Periódica Universal do Conselho de Direitos Humanos da ONU submete cada país a uma avaliação de seus direitos humanos, com base em informações apresentadas pelo país em questão, por entidades das Nações Unidas,  da sociedade civil e outras partes interessadas.
Os membros do Conselho expressaram seu pesar pela decisão de Israel de não participar da revisão programada de seu histórico de direitos humanos, e apelaram ao Governo de Israel que retomasse sua cooperação com o mecanismo criado para este fim.
Eles também pediram ao Presidente do Conselho, o Embaixador Remigiusz A. Henczel da Polônia, a “tomar todas as medidas necessárias” para encorajar Israel a retomar sua cooperação e pediram para apresentar um relatório ao Conselho sobre os seus esforços nesse sentido.

ONU lança campanha e pede opinião de todas as pessoas sobre o que é necessário para um mundo melhor

Ah sim, num oceano de idiotices, algo bem interessante...


ONU lança campanha e pede opinião de todas as pessoas sobre o que é necessário para um mundo melhor

25 de janeiro de 2013 · Destaque

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As Nações Unidas, em parceria com a Fundação World Wide Web, e o Instituto de Desenvolvimento Internacional, com o apoio de parceiros em todo o planeta, está realizando uma pesquisa com todas as pessoas para saber quais são suas prioridades na construção de um mundo melhor.  Os resultados desta pesquisa serão compartilhados com os líderes mundiais que definirão a agenda de desenvolvimento global pós-2015, que vai ampliar os resultados dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, enfrentar as desigualdades que ainda persistirem e os novos desafios que afetam o planeta.
A ONU quer que esta nova agenda resulte de um processo realmente aberto e inclusivo, que envolva pessoas de todas as partes do mundo e de todos os grupos sociais e, por isso, está realizando uma pesquisa mundial batizada de “Meu Mundo”, criada como uma ferramenta para incluir a voz de todos neste diálogo global.
“Meu Mundo” é uma pesquisa de múltipla escolha que permite a todos dizer às Nações Unidas, e aos líderes globais – e, em particular, ao Painel de Alto Nível do Secretário-Geral – quais devem ser os principais assuntos a serem tratados pela agenda pós-2015. “Meu Mundo” pergunta a cada pessoa quais são os seis temas, de um total de 16, que considera mais importante para que a vida de todos seja melhor.
Não perca a chance de participar e dar sua opinião para a construção de um mundo melhor. Clique aqui e opine: www.myworld2015.org/?lang=pr

domingo, 3 de fevereiro de 2013

África: repouso sobre um mar de água doce

Se explorarem da forma correta será ótimo. Mas, se bem conheço as coisas, nada na África é explorado da forma correta...


África: repouso sobre um mar de água doce

Menino sentado junto a um charco enquanto um grupo de camelos bebem (Fotos: EFE)A escassez, não só de água mas também de desenvolvimento econômico, poderia deixar de ser um dos símbolos históricos de identidade do continente africano se um de seus grandes recursos naturais ocultos, e recém-descobertos, fosse aproveitado: os vastos aquíferos subterrâneos, que estão sendo mapeados.

Segundo um cálculo de volume dos aquíferos, realizado por um grupo de pesquisadores coordenado pelo hidrogeólogo Alan MacDonald, do Serviço Geológico Britânico (BGS, na sigla em inglês) e publicado na revista científica "Environmental Research Letters", sob as areias e terras africanas, jazem mais de 500 mil quilômetros cúbicos de água.

Os especialistas do BGS, junto com pesquisadores da Universidade College London (UCL) mapearam detalhadamente a quantidade e o rendimento potencial deste recurso subterrâneo em todo o continente africano.

Da análise dos mapas hidrogeológicos atuais dos governos nacionais e de 283 estudos dos aquíferos, deduziram que vários países atualmente com escassez hidráulica têm uma reserva considerável de água subterrânea.

Segundo a hidrogeóloga Helen Bonsor, da BGS e uma das autoras do estudo, "o maior armazenamento de água subterrânea se encontra no norte da África, nas grandes bacias sedimentares de Líbia, Argélia e Chade. A quantidade de armazenamento nessas bacias é equivalente a uma espessura de 75 metros de água, que é uma quantidade enorme".

Além disso, os hidrogeólogos britânicos detectaram a presença de grandes reservas no litoral de Mauritânia, Senegal, Gâmbia e parte da Guiné-Bissau, assim como no Congo e na zona limítrofe entre Zâmbia, Angola, Namíbia e Botsuana.

De acordo com o BGS, os aquíferos africanos se encheram de água pela última vez há mais de 5 mil anos e, através dos séculos, se estenderam pela vasta área do Deserto do Saara.

Nessa época, o Saara era um enorme pomar, com lagos e vegetação de savana, mas se transformou no maior deserto cálido do planeta há 2.700 anos após um lento processo de desertificação.

Mulheres africanas enchem caixas de água em um campo de refugiados em DadaabSe estes recursos hídricos - equivalentes a 100 vezes a quantidade superficial de todo o continente - fossem aproveitados racionalmente, aliviaria-se um dos grandes problemas da África, onde habitualmente falta água para 40 % da população e, em 2011, houve a pior seca em 60 anos.

Segundo relatório das Nações Unidas, a escassez de chuvas afetou neste ano mais de 10 milhões de pessoas no Chifre da África (África oriental) causando uma grave crise alimentícia e o aumento dos índices de desnutrição em grandes áreas de Somália, Etiópia, Djibuti e Quênia.

Além das mortes a que a cada ano a África assiste aos milhares devido a mazelas relacionadas à falta de água potável e de higiene e saneamentos adequados, a seca e a sede nas zonas rurais e urbanas têm um impacto devastador na vida da população, especialmente a feminina.

HIDRATAÇÃO, "INIMIGA" DA EDUCAÇÃO
Em muitas regiões, os africanos precisam andar a pé vários quilômetros por dia carregando potes e garrafas de plástico para pegar água e, caso bebam o líquido sem fervê-lo, adoecem. Devido a essa tarefa, muitas meninas não podem ir à escola e muitas mulheres não podem ter atividades que lhes garantiriam renda ou ficar mais tempo com os filhos.

Segundo organizadores da Década Internacional para a Ação "A água, fonte de vida", 2005-2015', a falta de acesso à água limpa significa várias horas desperdiciadas por dia em sua busca e estima-se que se percam 443 milhões de dias letivos, especialmente as meninas, já que em muitos países subsaarianos as mulheres se encarregam do abastecimento, diz o relatório.

Na opinião de Alan MacDonald, as grandes bolsas de líquido descobertas no subsolo "poderia aliviar a situação de mais de 300 milhões de africanos que não têm água potável e melhorar a produtividade dos cultivos".

Zanele Dlamini, de 24 anos, pega água perto de sua pequena casa, em MkhulaminiDe acordo com o BGS, em muitas regiões áridas e semi-áridas da África é possível extrair água para abastecer o povo mediante poços artesanais, salvo em alguns países do norte como a Líbia, onde os aquíferos jazem a partir dos 250 metros, e faria falta empregar uma infraestrutura mais cara e complexa.
"Em áreas onde os aqüíferos estão a menos de 20 metros de profundidade,se podem construir poços equipado com bombas de mão situadas nas partes mais produtivas do aqüífero. Na África há qualificados ++hidrogeólogos++ que podem supervisionar o processo", explicou o doutor MacDonald.

OS RISCOS DA EXTRAÇÃO
Mas a extração tem seus riscos. Grande parte das reservas é de "águas fósseis" que estão lá há muito tempo e, se forem extraídas, talvez não voltem a encher de novo. Além disso, a água subterrânea mantém a umidade da terra que sobre ela e está relacionada a lagos, rios, pântanos e pantanais. Se for retirada de forma impensada, os terrenos superficiais podem secar, segundo especialistas de Ecologistas em Ação.

Para MacDonald, em alguns locais a reposição de água dos aquíferos está garantida, mas no Saara, onde chove muito pouco, a contribuição pluvial não bastaria para mantê-los.
"Na maior parte da África as precipitações não bastam para encher os aquíferos, por isso não seria recomendável extrair mais água do que a que se repõe todo ano com a chuva", argumentou o hidrogeólogo.

"Se forem escavados poços com bombas manuais, o risco de que os aquíferos sequem na maioria das áreas mais povoadas da África é baixo, mas se forem perfurados poços para extrair grande quantidade de água para uso em regadios, existe o risco de que se esgotem", advertiu MacDonald.

Os cientistas são cautelosos sobre como acessar esses recursos ocultos e sustentam que as perfurações em grande escala talvez não sejam a melhor forma de aumentar o abastecimento de água.

Segundo Bonsor, os meios de extração lentos - basicamente poços de perfuração superficiais em locais apropriados para provisão rural de água e bombas de mão - podem ser os mais eficientes e "nosso trabalho demonstra que, com prospecção e construção cuidadosas, há água subterrânea suficiente na África para concentrar-se em perfuração superficial e com isso suprir a demanda".

Na Namíbia, onde as 800 mil pessoas que vivem no norte dependem de um canal pelo qual a água potável chega do outro lado da fronteira com a Angola, foi identificado um novo aquífero chamado Ohangwena II, que flui sob o limite entre os dois países.

"É uma massa de água substancial que, no lado namibiano da fronteira, cobre uma área de aproximadamente 70 por 40 quilômetros", segundo o diretor do projeto, Martin Quinger, do  Instituto Federal Alemão de Geociências e Recursos Naturais(BGR), que trabalha com o país africano para obter um abstecimento hídrico sustentável.

Segundo Quinger, "a quantidade de água armazenada igualaria a provisão atual durante 400 anos no norte da Namíbia, onde vivem 40% da população nacional, e poderia atuar como uma armazenagem natural para até 15 anos de seca".

De acordo com o BGR, a pressão natural que está sobre a água indica que o recurso é fácil e de extração barata, embora seja preciso cumprir uma série recomendações técnicas, já que está debaixo de outro aquífero salgado menor, que poderia contaminá-la.

"Se a água passou 10 mil anos debaixo da terra, significa que foi recarregada em uma época em que a poluição ambiental ainda não era um problema, de modo que, em média, pode ser muito melhor para beber que a água que se filtra em ciclos de meses ou anos", assinalou Quinger.

O estudo do BGS sobre as bacias subterrâneas de água lembra que na África a demanda de água "está destinada a crescer consideravelmente nas próximas décadas devido ao crescimento demográfico e à necessidade de irrigação para a plantação".

A encruzilhada em que o continente está se reflete em dois dados: segundo a organização Perspectivas Econômicas na África (AEO), a economia africana poderia crescer 4,5% em 2012 e 4,8% em 2013, mas segundo outro relatório divulgado em Doha na Cúpula da ONU de Mudança Climática, "a disponibilidade de água nos países do norte da África será reduzida à metade em 2050 devido ao aumento de população".