quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Lixo eletrônico pode gerar empregos e desenvolvimento sustentável no Brasil, diz Banco Mundial

Lixo eletrônico pode gerar empregos e desenvolvimento sustentável no Brasil, diz Banco Mundial

7 de fevereiro de 2013 · Destaque

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Funcionária de uma empresa de reciclagem desmonta impressora: a produção de lixo eletrônico (e-waste) no Brasil deve aumentar para 8kg/habitante/ano em 2015. Atualmente, são gerados 6,5kg/habitante/ano. Foto: Estre Ambiental/Divulgação.
Segundo o Banco Mundial, o lixo eletrônico (e-waste) pode criar empregos verdes no País. “O Brasil deve se concentrar na coleta e no processamento inicial do lixo eletrônico, incluindo a separação e a desmontagem (…); essas atividades geram um bom retorno sobre o investimento em termos de criação de empregos e impacto ambiental”, disse o Banco.
No entanto, o e-waste também produz danos ao meio ambiente e deve aumentar em razão da maior procura de eletrônicos até a Copa do Mundo de 2014 e pelas explorações de petróleo na camada do pré-sal.
“Esses equipamentos liberam resíduos tóxicos no ambiente, contaminando ar, água e solo”, explica a relatora do Banco Mundial, Vanda Scartezini. “Tais resíduos, como mercúrio e chumbo, também podem causar problemas de saúde em catadores e outras pessoas”.
As análises propostas fazem parte do relatório “Não joguemos a oportunidade fora – Evidências para um gerenciamento correto do lixo eletrônico brasileiro”, do qual Scartezini é uma das autoras. O documento analisa os riscos de impactos ambientais futuros e mostra o quanto o tema é, ao mesmo tempo, estratégico e delicado para a indústria nacional.
O estudo foi feito a pedido do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e lançado após que o Governo Federal aprovou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Um acordo – atualmente em negociação – entre o Estado e a indústria de eletrônicos vai permitir a implementação da lei.
“Fica difícil definir um padrão único para a coleta e o processamento quando há tantos produtos gerando e-waste”, diz o Gerente de Responsabilidade Sócio-Ambiental da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Ademir Brescansin.
Apesar dessa e de outras dificuldades, o governo e as empresas estabeleceram um prazo até 2014 para chegar a um acordo, definir metas de reciclagem e começar definitivamente a agir.

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