Hortas urbanas garantem alimentação em cidades da África, revela estudo da FAO
Os formuladores de políticas nas cidades africanas devem implementar medidas verdes para garantir que as crescentes áreas urbanas possam atender o aumento na demanda por alimentos, afirma o relatório Cultivando cidades mais verdes na África, divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
“Gestores africanos precisam agir agora para reorientar a urbanização de seu corrente modo insustentável para cidades mais saudáveis e verdes que garantam a segurança alimentar e nutricional, o trabalho decente e a renda e um ambiente limpo para todos os seus cidadãos”, observou o Diretor-Geral Assistente da FAO para Agricultura e Defesa do Consumidor, Modibo Traoré, no prefácio da publicação.
O livro salienta a importância de práticas sustentáveis, como horticultura urbana, referindo-se aos jardins em casas, escolas, comunidades e mercados que produzem frutas e vegetais. O relatório, que se baseia em estudos de caso de 31 países da África, descobriu que a horticultura urbana em 10 países já é a mais importante fonte produzida localmente de produtos frescos. Mas esta prática tem crescido com pouco reconhecimento oficial, regulação e apoio, e, em muitos casos, tornou-se insustentável à medida que os agricultores estão aumentando o uso de pesticidas e água poluída.
Para resolver esta questão, a publicação insta os governos e as administrações municipais a trabalharem em conjunto com os produtores, processadores, fornecedores, vendedores e outros para dar à agricultura urbana o apoio político, logístico e pedagógico necessário para o desenvolvimento sustentável.
Uma das recomendações do relatório aconselha os políticos a realizarem um zoneamento e proteger a terra e água para horticulturas, além de incentivar os produtores a adotar um modelo de agricultura que vai aumentar a produção preservando os recursos naturais, aplicando a quantidade certa de pesticidas, sementes e fertilizantes.
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