terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Escola municipal terá rede social exclusiva

Finalizando a Folha de hoje, uma matéria que apresenta uma realidade, no mínimo, absurda.


Sou apenas eu, ou essa ideia é muito, muito idiota? Comentem!

Escola municipal terá rede social exclusiva
Nos mesmos moldes do Facebook, ideia é interligar estudantes, pais e professores

As escolas municipais de São Paulo terão até o final deste semestre uma rede social, aos moldes do Facebook, para interligar alunos, pais de estudantes e professores.



Na rede, os alunos poderão criar seus próprios avatares (personagens) e terão à disposição exercícios de português e matemática, complementares ao conteúdo visto em sala de aula.

Também poderão comentar sobre as atividades e compartilhar dúvidas.

O site faz parte de um projeto que custará R$ 54,2 milhões e incluirá a entrega de equipamentos de informática e a implementação de uma rede wireless em todas as 551 escolas da rede.

Cada unidade terá tablets à disposição dos professores de português e matemática e netbooks que serão usados pelos estudantes em sala.

O projeto será implementado a partir de março, quando os professores começam a ser capacitados, afirma a Secretaria Municipal da Educação. Ele será voltado, inicialmente, para estudantes do 4º, 5º e 6º ano (entre 9 e 11 anos).

Por meio de uma senha individual, cada aluno poderá acessar o site de relacionamento e executar, com a supervisão do professor, as atividades. Cada acerto no exercício vale um ponto virtual, que pode ser usado para customizar (com acessórios) o personagem do estudante.

"Estamos trabalhando com uma linguagem que hoje, para eles, é muito própria. Qualquer aluno opera em computador. Isso ajuda a tornar a aula mais atrativa", afirma o secretário da Educação, Alexandre Schneider.

A proposta, no entanto, é criticada pelo professor aposentado do Departamento de Ciência da Computação da USP, Valdemar Setzer. Para ele, o uso de computadores em sala não é o meio mais adequado de estimular o desenvolvimento dos alunos.

"O computador padroniza as atividades e cada aluno tem uma necessidade diferente. Além disso, é preciso desenvolver com esses estudantes a capacidade de concentração e a internet é dispersiva. Os pequenos têm que ser incentivados a gostar de livro", afirma.

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