segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Croatas dizem "sim" à UE com apenas 47% de participação dos eleitores

Bem, sabemos que muitos países sonham em adentrar formalmente à União Europeia. A pergunta é: será que vale a pena? A questão da independência recente da Croácia (que formou um país, a Iuguslávia, durante mais de 70 anos juntamente com a Sérvia e outros países dos Balcãs) pode gerar pensamentos de que a mesma pode se perder ao aderirem à UE. 
Entretando, eu entendo que, mesmo apesar da cirse ora instalada, pertencer ao Bloco Econômico e possuir as vantagens alfandegárias, diplomáticas e monetárias possíveis é ainda uma boa coisa.
Boa Sorte Croácia!

Croatas dizem "sim" à UE com apenas 47% de participação dos eleitores

Zagreb, 22 jan (EFE).- Os croatas se pronunciaram a favor da adesão à União Europeia (UE) neste domingo, embora a participação da população no referendo tenha sido de apenas 47% dos 4,5 milhões de eleitores.


Entre os 47% que participaram do referendo, 66% foi a favor da entrada da Croácia na UE e 33% contra, informou o presidente da Comissão eleitoral, Branko Hrvatin, após a apuração de 98% das cédulas. Hrvatin também destacou que a jornada eleitoral foi realizada sem o registro de incidentes.
Apesar da pouca participação, incluindo os votos que vieram do estrangeiro, o presidente do país, o primeiro-ministro e o presidente do Parlamento se reuniram no Parlamento diante das câmaras de televisão para celebrar a decisão positiva com um brinde de champagne.
"Esta é uma decisão histórica. Sublinho que pela primeira vez em nossa história adotamos essa decisão tão importante", declarou o primeiro-ministro, Zoran Milanovic, que também é chefe do Partido Social-Democrata (SDP). "Nosso futuro êxito ou fracasso depende de nós mesmos", completou o primeiro-ministro.
O presidente da Croácia, Ivo Josipovic, também ressaltou que a jornada deste domingo teve muita importância para a história da Croácia. "A Croácia optou pela UE e escolheu fazer parte da comunidade com todos os países democráticos europeus, que buscam uma vida melhor...Tenho certeza que a Croácia também poderá", acrescentou.
Já o presidente do Parlamento, Boris Sprem, declarou que "o país iniciará um novo capítulo, uma vida melhor e mais feliz. A Croácia segue com suas ambições, mas com perspectivas mais amplas e possibilidades muito maiores".
Vesna Pusic, a ministra das Relações Exteriores da Croácia, apontou que a baixa participação da população se deve a um "certo cansaço", já que as eleições parlamentares foram realizadas há somente um mês e meio. A crise na eurozona e longo processo de negociação para firmar o acesso, de quase seis anos, também justificam a baixa participação dos eleitores.
A Croácia concluiu as negociações de acesso à UE no último dia 1º de julho de 2011. No entanto, somente no último dia 9 de dezembro a então primeira-ministra, Jadranka Kosor, e o presidente, Josipovic, assinaram o Tratado de acesso em Bruxelas.
Apesar de alcançar o "sim" dos eleitores neste domingo, o processo de ratificação do Tratado de acesso da Croácia pelos 27 países-membros ainda não terminou. Segundo está previsto, o país balcânico entrará na família europeia como seu membro número 28 somente no dia 1º de julho de 2013.
O acesso comunitário era defendido com vigor tanto pelos partidos governistas de centro-esquerda, de Milanovic, assim como pelo principal partido da oposição conservadora, a HDZ de Jadranka.
Na última semana, o Parlamento anotou somente um voto contra a Declaração que qualificou a adesão comunitária de interesse estratégico nacional.
A Academia Croata de Ciências e Artes também teve um importante papel a favor da entrada, assim como fizeram os sindicatos, a Igreja Católica, associações de veteranos de guerra, a União de empresários e os mais conhecidos economistas e cientistas croatas.
A concentração de pessoas contra a entrada da Croácia na UE era restrita aos grupos de extrema direita e extrema esquerda.
"Não vamos reconhecer este referendo. É ilegítimo e representa uma derrota da liberdade e independência que sonhamos", disse Zeljko Sacic, um dos representantes do "Conselho pela Croácia - NÃO à UE", a qual aglutina os contrários à adesão.
Sacic considera que a independência croata foi conquistada com muitas vítimas humanas para que uma decisão tão importante como a deste domingo seja adotada com tão pouca participação nas urnas.
Segundo a legislação vigente, a aprovação da Croácia à UE já poderia ser garantida se mais da metade dos que foram as urnas votassem a favor. EFE

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