terça-feira, 30 de abril de 2013

165 milhões de crianças estão desnutridas em todo o mundo, 80% em apenas 14 países

A gente não quer só comida... mas em alguns lugares, "só comida" já é um ótimo começo...


165 milhões de crianças estão desnutridas em todo o mundo, 80% em apenas 14 países

16 de abril de 2013 · Destaque

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Foto: UNICEF
Foto: UNICEF
Uma em cada quatro crianças com menos de cinco anos de idade sofre de atrofiação devido à desnutrição crônica em períodos cruciais do crescimento, afirmou nesta segunda-feira (15) uma agência da ONU. O dano feito ao corpo e ao cérebro de uma criança pelo atrofiamento é irreversível — prejudica o desempenho na escola e mais tarde no trabalho, expondo as crianças a um maior risco de morrer por doenças infecciosas.
O relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) – “Melhorando a nutrição infantil: o imperativo viável para o progresso global” – observa que a chave para superar a desnutrição é dar especial atenção ao período da gravidez e nos primeiros dois anos de vida de uma criança.
“A desnutrição pode acabar com oportunidades na vida de uma criança e com o desenvolvimento de uma nação”, disse o Diretor Executivo do UNICEF, Anthony Lake.
Estima-se que 80% das crianças que sofrem por atrofiamento no mundo vivem em apenas 14 países. O relatório destaca sucessos na ampliação da nutrição e na melhoria das políticas em 11 países: Etiópia, Haiti, Índia, Nepal, Peru, Ruanda, República Democrática do Congo, Sri Lanka, Quirguistão, Tanzânia e Vietnã.
No estado de Maharashtra, na Índia, o percentual de crianças desnutridas caiu de 39%, em 2005, para 23%, em 2012. Principalmente devido ao apoio aos trabalhadores da linha de frente que se concentram em melhorar a nutrição infantil.
No Peru, o atrofiamento caiu em um terço entre 2006 e 2011, após uma iniciativa que pressionou candidatos políticos a assinarem um compromisso para reduzir a desnutrição em crianças menores de cinco anos a 5%, no período de cinco anos, e para diminuir as desigualdades entre as zonas urbanas e rurais.
A Etiópia diminuiu seu percentual de atrofiamento de 57% para 44% entre 2000 e 2011, através da implementação de um programa nacional de nutrição, fornecendo uma rede de segurança nas áreas mais pobres e aumentando a assistência nutricional das comunidades.
relatório diz que as soluções existentes e o trabalho de novas parcerias representam uma oportunidade sem precedentes para tratar a desnutrição infantil no mundo, acelerando o progresso através de projetos nacionais, coordenados com o apoio de doadores e com metas mensuráveis.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Autor explica como licenciar ideias e viver de renda

Para começar a semana cheio(a) de ideias... e para lucrar com estas ideias!


Autor explica como licenciar ideias e viver de renda

da Livraria da Folha
Stephen Key, especialista em licenciamento e invenções, detém 13 patentes e mais de 20 ideias licenciadas. Ele vive imaginando novos produtos e vivendo dos royalties. No livro "Uma Simples Ideia", ele ensina como qualquer um pode fazer isso.
"Alugo minhas ideias para outras empresas", conta Key. "Enquanto elas estão fabricando e comercializando as coisas que eu idealizei, recebo o aluguel referente a essas ideias e faço o que eu adoro fazer: criar".
Divulgação
Como transformar a sua criatividade em um gerador de renda passiva
Como transformar a sua criatividade em um gerador de renda passiva
Depois de apresentar as suas ideias para empresas, elas se encarregam da pesquisa e do desenvolvimento, da produção, do marketing, das vendas, da contabilidade e da distribuição. O criador fica fora de todo trabalho não quer fazer.
No volume, o autor aconselha o leitor a não confiar cegamente nos direitos de um registro. "Se você pensa que uma patente lhe garante proteção, está maluco", alerta. "O primeiro a colocar uma coisa no mercado é dono do espaço na prateleira. Essa é a melhor proteção que você pode ter".
Segundo Key, a profissão descarta qualquer tipo de diploma. O fundamental é ter a percepção da necessidade de um produto ou serviço que será interessante para o consumidor. Abrir uma empresa também é dispensável para entrar nesse meio.
"Uma Simples Ideia" explica como manter as suas inovações em segurança, colocar os produtos no mercado e aprimorar o potencial de lucro.
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"Uma Simples Ideia"
Autor: Stephen Key
Editora: Cultrix
Páginas: 288
Quanto: R$ 38,90 (preço promocional*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
Atenção: Preço válido por tempo limitado ou enquanto durarem os estoques. Não cumulativo com outras promoções da Livraria da Folha. Em caso de alteração, prevalece o valor apresentado na página do produto.
Texto baseado em informações fornecidas pela editora/distribuidora da obra.

domingo, 28 de abril de 2013

'A economia mundial está destroçada', diz economista coreano

Aos que acham que toda a crítica ao capitalismo é pouca (como eu!), afinal, de elogios esse sistema econômico não morre (vide o Jornal da Globo e suas entusiasmadas puxadas de saco), segue uma interessante sugestão de livro!


'A economia mundial está destroçada', diz economista coreano

da Livraria da Folha
O economista sul-coreano Ha-Joon Chang defende que as causas da crise de 2008 não foram combatidas. "Essa catástrofe foi essencialmente criada pela ideologia do livre comércio que domina o mundo desde a década de 1980", escreve em "23 Coisas que não nos Contaram sobre o Capitalismo".
Divulgação
Ha-Joon Chang investiga se é possível reconstruir a economia mundial
Chang investiga se é possível reconstruir a economia mundial
No livro, Chang apresenta os mitos econômicos do mundo em que vivemos e alerta para um novo colapso. Para o autor, a economia mundial está desmoronando num ritmo vertiginoso.
"Os enormes déficits orçamentários criados pela crise obrigarão os governos a reduzir de uma maneira significativa os investimentos públicos e as aplicações na área do bem-estar social, afetando negativamente o crescimento econômico", conta.
Esses cortes provocarão uma conjuntura que pode persistir por décadas. "Algumas pessoas que perderam o emprego e a sua casa durante a crise talvez nunca mais consigam ingressar novamente na economia convencional".
Em um cada dos capítulo, um mitos é devidamente apresentado e combatido. Livre mercado, gestão de empresas, salário, internet, padrão de vida nos EUA e igualdade de oportunidade são alguns dos temas abordados.
Nascido em Seul, Ha-Joon Chang se graduou na faculdade de economia e política de Cambridge, em 1986, e titulado como doutor em 1992. É professor na mesma universidade.
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"23 Coisas que não nos Contaram sobre o Capitalismo"
Autor: Ha-Joon Chang
Editora: Cultrix
Páginas: 368
Quanto: R$ 38,90 (preço promocional*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
Atenção: Preço válido por tempo limitado ou enquanto durarem os estoques. Não cumulativo com outras promoções da Livraria da Folha. Em caso de alteração, prevalece o valor apresentado na página do produto.
Texto baseado em informações fornecidas pela editora/distribuidora da obra.

sábado, 27 de abril de 2013

Povos indígenas da América Latina e Caribe são aliados estratégicos contra a fome, afirma FAO

Ideias baratas e que dêem resultado?! Apelar para os chamados "conhecimentos tradicionais" é sempre uma boa pedida!

Apesar de não seguirem necessariamente os métodos científicos pós século XVI, esses conhecimentos contam com experiências de tentativa e erro acumuladas por século. Ignorar algo desta natureza é, no mínimo, bem estúpido...


Povos indígenas da América Latina e Caribe são aliados estratégicos contra a fome, afirma FAO

18 de abril de 2013 · Notícias

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Representante Regional da FAO, Raul Benitez, com representantes de povos originários da região.
Representante Regional da FAO, Raul Benitez, com representantes de povos originários da região.
Os povos indígenas podem dar uma contribuição essencial para a erradicação da fome, insegurança alimentar e desnutrição na América Latina e no Caribe, disse esta semana que o Escritório Regional da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Durante o segundo diálogo social entre os povos indígenas e a FAO, em Santiago do Chile, o Representante Regional da FAO, Raul Benitez, afirmou que “é necessário resgatar e promover o conhecimento tradicional que [os indígenas] produziram ao longo dos séculos. Ele contém uma riqueza de estratégia e saberes necessários para avançar para a erradicação da fome em nossa região”.
Estiveram presentes líderes, acadêmicos e profissionais indígenas de 20 países da região. Myrna Cunningham, representante regional do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas das Nações Unidas, elogiou a aliança proposta pela FAO para trabalhar no resgate de conhecimentos tradicionais relacionados com a produção de alimentos, nutrição, saúde e os complexo desafios da gestão de riscos ambientais.
De acordo com a FAO, os sistemas alimentares desenvolvidos por estes povos, suas dietas tradicionais e sistemas de produção e manejo sustentável dos recursos naturais são uma herança de valor inestimável, que pode ajudar a encontrar as respostas para os problemas decorrentes dos paradigmas atuais de vida e progresso da sociedade contemporânea.
Apesar da enorme contribuição que podem dar para o desenvolvimento e segurança alimentar, muitos povos indígenas enfrentam altos níveis de desnutrição — eles representam apenas 5% da população mundial, porém são responsáveis por 15% da pobreza extrema.
“Trabalhar com os povos indígenas é uma prioridade para o Escritório Regional da FAO. Nós ouvimos as suas vozes para encontrar novos padrões de produção e consumo. Assim, acreditamos que, apesar da insegurança alimentar e pobreza que muitos enfrentam, eles não são parte do problema, são parte da solução”, acrescentou Benitez.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Brasil crescerá abaixo da média latino-americana em 2013, diz Banco Mundial

Êeeee Brasilzão...


Brasil crescerá abaixo da média latino-americana em 2013, diz Banco Mundial

19 de abril de 2013 · Destaque

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Comércio de rua no Rio de Janeiro. Foto: Andre Leal/Creative Commons
Comércio de rua no Rio de Janeiro. Foto: Andre Leal/Creative Commons
Os ventos globais favoráveis que facilitaram o sólido crescimento econômico e a inclusão social na América Latina e no Caribe ao longo da década passada estão diminuindo.
Um novo contexto internacional — caracterizado pelo excesso de liquidez, o crescimento mais lento da China, a atividade econômica morosa e a elevada dívida dos países desenvolvidos — aponta para a necessidade de a América Latina se empenhar mais por si própria com o objetivo de retomar as taxas de crescimento semelhantes àquelas apresentadas pela região na década passada.
Segundo o mais recente relatório semestral “Latin America and the Caribbean as Tailwinds Recede: In Search of Higher Growth“ [A América Latina e o Caribe, sem ventos a favor: Em busca de um maior crescimento], produzido pelo escritório do economista-chefe do Banco Mundial para a região, a América Latina e o Caribe deverão crescer 3,5% este ano, o que representa uma melhoria em relação à taxa de 3% registrada no ano passado, mas que ainda está abaixo da média de 5% anterior à crise econômica de 2008-2009 ou do percentual de 6% em 2010.
As taxas variam de um patamar muito baixo de 0,1% e 1% na Venezuela e Jamaica, respectivamente, até 6% no Peru, aproximadamente 9% no Panamá e acima de 11% no Paraguai.
Bolívia, Chile e Colômbia continuarão a ultrapassar a média regional com estimativas de crescimento entre 4% e 5%, enquanto é provável que Argentina e Brasil se situem abaixo da média regional, apesar de terem saltado de indicadores abaixo de 2% em 2012 para cerca de 3% em 2013.
“Essas taxas de crescimento são adequadas mas insuficientes para manter o ritmo recente do progresso social que a América Latina apresentou na última década”, afirmou Augusto de La Torre, economista-chefe do Banco Mundial para a região. “Por isso, a tônica das políticas está sendo reorientada dos motores de crescimento externos para os internos, assim como da preocupação com a estabilidade macroeconômica e financeira para as reformas que estimulam o crescimento. À medida que os ventos favoráveis diminuírem, a habilidade dos países latino-americanos de crescer acima de 3,5% dependerá essencialmente deles mesmos.”

Especificidades da região

O relatório questiona como a região pode impulsionar seus motores domésticos do crescimento e explica que a resposta a essa pergunta deve ser iniciada pela compreensão das especificidades do modelo de crescimento da América Latina e do Caribe, suas limitações e seus pontos fortes.
Embora fale-se muito sobre o modelo de crescimento do Sudeste Asiático, que baseia-se na exportação de manufaturados, no elevado nível de poupança e taxas de câmbio competitivas, a situação na América Latina mostra um acentuado contraste com esse panorama.
Dois fatores principais ajudam a definir essa diferença, segundo o Banco Mundial.
O primeiro é o crescimento voltado para a demanda interna. Entre 2004 e 2011, a demanda doméstica na América do Sul e no México aumentou de uma média abaixo de 98% para cerca de 105% do PIB, enquanto no Sudeste Asiático esse percentual apresentou na verdade uma pequena queda de um ponto percentual para 94%, a partir de 95% do PIB.
O correspondente externo do seu crescimento orientado para a demanda interna é a tendência da América Latina de gerar déficits de conta corrente − ao contrário dos elevados superávits associados ao crescimento voltado para a exportação característicos do Sudeste Asiático − que foram amplamente financiados pelo investimento direto estrangeiro.
O segundo fato, diz o organismo internacional, é a crescente importância do setor de serviços. A sabedoria convencional sugere que, na ausência de um forte setor manufatureiro, o crescimento de um país é prejudicado.
“A verdade é que a competitividade da indústria manufatureira está intimamente ligada à dos serviços. Além disso, no caso da América Latina, o setor de serviços está agregando valor e de fato empregando trabalhadores altamente qualificados”, argumenta o Banco.
As atuais circunstâncias sugerem que o caminho da América Latina em direção a um forte crescimento deveria continuar com o uso inteligente do capital externo para substituir o baixo nível de poupança e melhorar a qualidade do investimento, que já é elevado em diversos países da América Latina e do Caribe.
“Na América Latina de hoje, a busca pela competitividade nas exportações baseada na mão de obra barata e nas taxas de câmbio subvalorizadas parece inviável no plano político e insuficiente em termos econômicos”, salientou de la Torre. “Se a competitividade tiver que ser desenvolvida além dos bens intensivos em recursos naturais, sem sacrificar o padrão de vida, então a produtividade é o “x” da questão.”
Os avanços da América Latina e do Caribe nos anos 2000 como a estabilidade macroeconômica, o sólido crescimento, a redução da pobreza e uma distribuição de renda mais justa foram significativos. Daqui em diante, o desafio para a política econômica — afirma o Banco Mundial — é manter e construir sobre ganhos passados, consolidando os dividendos de um crescimento socialmente inclusivo e fazendo isso sem a ajuda dos ventos favoráveis.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

'Trabalho Interno' investiga quem são os culpados pela crise de 2008

Ontem citei o documentário. Hoje segue uma interessante prévia!

E, honestamente, os maiores responsáveis pela chamada "crise de 2008" deveria ter destino semelhante ao de Tiradentes: enforcados, e depois ter as partes do corpo expostas nas principais Bolsas de Valores do mundo: NYSE, Nasdaq, Ibovespa, Merval, Hong King, Londres, Paris etc. (ok, exagerei no humor negro... rsrs)...


'Trabalho Interno' investiga quem são os culpados pela crise de 2008

da Livraria da Folha

Divulgação/Sony Pictures
Documentário premiado sobre o setor financeiro dos Estados Unidos
Documentário premiado sobre o setor financeiro dos Estados Unidos
"Trabalho Interno", vencedor do Oscar de melhor documentário em 2011, investiga a bolha imobiliária e as causas da crise econômica de 2008, a maior desde a Grande Depressão de 1929.
Charles Ferguson, responsável pelo longa, acusa o setor financeiro dos Estados Unidos de enganar o investidor norte-americano comum. "Trabalho Interno" reúne entrevistas com economistas, políticos e jornalistas.
Publicado recentemente no Brasil, "O Sequestro da América"aprofunda o debate sobre os problemas econômicos enfrentados pelos EUA e apresenta as suas consequências sociais e políticas.
Abaixo, assista ao trailer do documentário.
*
"Trabalho Interno"
Diretor: Charles Ferguson
Duração: 109 minutos
Quanto: R$ 19,90 *
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
"O Sequestro da América"
Autor: Charles Ferguson
Editora: Zahar
Páginas: 370
Quanto: R$ 49,90 (preço promocional*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
Atenção: Preço válido por tempo limitado ou enquanto durarem os estoques. Não cumulativo com outras promoções da Livraria da Folha. Em caso de alteração, prevalece o valor apresentado na página do produto.
Texto baseado em informações fornecidas pela editora/distribuidora da obra.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Autor de 'Trabalho Interno' debate causas e efeitos da crise de 2008

Vale a pena tanto ler o livro quanto assistir ao filme/documentário citado!


Autor de 'Trabalho Interno' debate causas e efeitos da crise de 2008

da Livraria da Folha
Em "O Sequestro da América", Charles Ferguson aprofunda o debate sobre os problemas econômicos enfrentados pelos EUA que resultaram na crise de 2008, a maior desde a Grande Depressão de 1929, e as suas consequências sociais e políticas.
Divulgação
Em "O Sequestro da América", Ferguson aprofunda o tema de "Trabalho Interno"
No livro, Ferguson aprofunda o tema de "Trabalho Interno"
No livro, o autor de "Trabalho Interno", vencedor do Oscar de melhor documentário em 2011, investiga o que deu errado na economia norte-americana e relaciona seu início a eventos da década de 1980.
"Nos últimos 30 anos, os Estados Unidos foram tomados por uma oligarquia financeira amoral, e o sonho americano de oportunidade, educação e mobilidade social está hoje, em grande medida, limitado ao pequeno percentual mais abastado da população", conta.
Segundo o autor, republicanos e democratas compactuam com a pilhagem e as fraudes frequentes das corporações financeiras. Se esse processo não for interrompido, os EUA se transformarão em uma sociedade decadente, "com uma população empobrecida, raivosa e ignorante sob o controle de uma pequena elite ultrarrica".
A desigualdade econômica transforma a sociedade em uma massa receptiva a extremismos religiosos e políticos, como cristianismo anticientífico e fundamentalista, ataques à educação e ao ensino de teorias como a da evolução das espécies, além da demonização de imigrantes, muçulmanos e pobres.
"Há hoje evidências esmagadoras de que ao longo dos últimos 30 anos o setor financeiro dos Estados Unidos se tornou um setor sem princípios", diz. "A medida que sua riqueza e seu poder aumentavam, ele subverteu o sistema político do país (incluindo os dois partidos políticos), o governo e instituições acadêmicas de modo a se livrar do controle externo".
Divulgação/Sony Pictures
Documentário premiado sobre o setor financeiro dos Estados Unidos
Documentário premiado sobre o setor financeiro dos Estados Unidos
Movimentos de protestos como o Occupy Wall Street, inicialmente pouco claros em seus objetivos, guardavam a percepção de que algo errado estava acontecendo com a economia do país, argumenta Ferguson na primeira parte do livro.
Ferguson diz não ser contrário a enriquecimento, empresas e lucro. Nas páginas do novo livro, ele transparece certa admiração pelos que enriqueceram por meio do trabalho e do estudo. Para ele, o problema são as pessoas que ficaram ricas por terem boas ligações e serem inescrupulosas.
"Elas estão criando uma sociedade na qual se pode cometer crimes econômicos terrivelmente daninhos com impunidade, e na qual apenas os filhos ricos têm a oportunidade de fazer sucesso."
Formado em matemática na Ucla (Universidade da Califórnia) e doutor em ciência política pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), Charles Ferguson foi consultor do governo norte-americano e de empresas com Apple, IBM e Motorola. "O Sequestro da América" é o seu quarto livro.
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"O Sequestro da América"
Autor: Charles Ferguson
Editora: Zahar
Páginas: 370
Quanto: R$ 49,90 (preço promocional*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
"Trabalho Interno"
Diretor: Charles Ferguson
Duração: 109 minutos
Classificação indicativa: 10 anos
Quanto: R$ 19,90 (preço promocional*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
Atenção: Preço válido por tempo limitado ou enquanto durarem os estoques. Não cumulativo com outras promoções da Livraria da Folha. Em caso de alteração, prevalece o valor apresentado na página do produto.
Texto baseado em informações fornecidas pela editora/distribuidora da obra.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Número de vezes que os artigos são citados por outros cientistas é um indicador da qualidade dos trabalhos

Importante aspecto da vida cultural de um país, a produção científica publicada pode ser um interessante termômetro do nível de erudição de um povo. E, no caso brasileiro, como tudo no país, nossa produção dá simultâneos passos para frente e pra trás, gerando um conhecido resultado: nulo.

Aumentamos a quantidade da produção, mas diminuindo a qualidade, mantendo-nos na bem conhecida e conservada estaca zero...


Produção científica do Brasil aumenta, mas qualidade cai
Em dez anos, país subiu do 17º para o 13º lugar na lista dos que mais publicam artigos e caiu de 31º para 40º em citações
Número de vezes que os artigos são citados por outros cientistas é um indicador da qualidade dos trabalhos
SABINE RIGHETTIDE SÃO PAULO

A produção científica brasileira, medida pela quantidade de trabalhos acadêmicos publicados em periódicos científicos, está em ascensão. Mas a qualidade dos trabalhos não acompanha o ritmo.

O cenário foi encontrado em informações tabuladas pela Folha a partir da base aberta de dados Scimago (alimentada pela plataforma Scopus, da editora de revistas científicas Elsevier). Ela traz números da produção científica de 238 países.
De 2001 para 2011, o Brasil subiu de 17º lugar mundial na quantidade de artigos publicados para 13º --uma conquista que costuma ser comemorada em congressos científicos do país.

Em 2011, os pesquisadores brasileiros publicaram 49.664 artigos. O número é equivalente a 3,5 vezes a produção de 2001 (13.846 trabalhos).
O problema é que a qualidade dos trabalhos científicos, medida, por exemplo, pelo número de vezes que cada trabalho foi citado por outros cientistas (o chamado "impacto"), despencou.

O Brasil passou de 31º lugar mundial para 40º. China e Rússia, por outro lado, ganharam casas no ranking de qualidade nesse período.

MAIS BRASILEIROS

Segundo especialistas ouvidos pela Folha, um dos motivos do salto de produção com queda de qualidade foi o aumento do número de periódicos brasileiros listados nas bases de dados: de 62 para 270 em dez anos.

"Isso aconteceu por causa de uma política de abertura para revistas científicas nacionais de países como Brasil, China e Índia", explica o cienciometrista da USP Rogério Meneghini, coordenador da base Scielo, que reúne 306 periódicos brasileiros.

O problema é que os trabalhos de periódicos científicos brasileiros têm pouco impacto. Apenas 16 dessas revistas receberam, em 2011, uma ou mais citações por artigo. Para ter uma ideia, cada artigo da revista britânica "Nature" recebeu cerca de 36 citações.

O maior impacto entre os periódicos nacionais é igual a 2,15, da revista "Memórias do Instituto Oswaldo Cruz".

"Cerca de 45% dos trabalhos científicos que recebemos são de autores estrangeiros", conta Francisco José Ferreira da Silva Neto, do corpo executivo do periódico.

Mas não são apenas os periódicos nacionais que derrubam o impacto da ciência brasileira no mundo.

"A política atual de ensino superior no Brasil pressiona para que os pesquisadores publiquem mais e para que publiquem de qualquer jeito", diz o biólogo Marcelo Hermes-Lima, da UnB (Universidade de Brasília).

SALAME
Cientistas brasileiros acabam desmembrando trabalhos parrudos em artigos com menos impacto, fenômeno conhecido como "salame".
"Cada descoberta é fatiada e publicada separadamente", explica Fernando Reinach, biólogo que deixou a academia e agora está na iniciativa privada. "O número de trabalhos aumenta, as descobertas ficam semelhantes e o impacto diminui."

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mundo testemunha o declínio do Ocidente, diz 'A Grande Degeneração'

Acho os título, o subtítulo e o tema deste livro muito, mas muito salutares. Quem puder ler, leia!


Mundo testemunha o declínio do Ocidente, diz 'A Grande Degeneração'

da Livraria da Folha

Em "A Grande Degeneração", Niall Ferguson, historiador britânico especializado na história financeira e econômica, defende que o declínio do Ocidente, profetizado há muito tempo, está acontecendo.
Divulgação
Historiador Niall Ferguson revela algumas das possíveis causas dessa degeneração
Ferguson revela algumas das causas dessa degeneração
Ferguson avalia o crescimento lento da economia, as dívidas altas, a fragilidade das leis, a população cada vez mais velha e o comportamento antissocial como alguns sintomas da decadência.
Segundo o autor, isso acontece devido ao declínio do governo representativo, do livre mercado, do Estado de direito e da sociedade civil.
Com o subtítulo "A Decadência do Mundo Ocidental", a edição tem o lançamento previsto para 6 de maio. Publicado no Brasil pela editora Planeta e traduzido por Janaína Marcoantonio, "A Grande Degeneração" está em pré-venda na Livraria da Folha.
*
"A Grande Degeneração: A Decadência do Mundo Ocidental"
Autor: Niall Ferguson
Editora: Planeta
Páginas: 128
Quanto: R$ 19,90 (preço promocional de pré-venda*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
Atenção: Preço válido por tempo limitado ou enquanto durarem os estoques. Não cumulativo com outras promoções da Livraria da Folha. Em caso de alteração, prevalece o valor apresentado na página do produto.
Texto baseado em informações fornecidas pela editora/distribuidora da obra.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Brasil analisa financiar US$150 mi para reforma de aeroportos cubanos

Porque será que só usam algumas palavras, como "envelhecida infraestrutura da ilha" ou "ilha comunista" ou até mesmo "antiquados aeroportos", sobre Cuba e não sobre o Brasil, China ou demais países subdesenvolvidos?

Brasil analisa financiar US$150 mi para reforma de aeroportos cubanos


Por Esteban Israel

O Brasil analisa conceder à construtora Odebrecht um crédito de 150 milhões de dólares para reformar os aeroportos de Havana e outras cidades de Cuba, aprofundando o seu papel na modernização da envelhecida infraestrutura da ilha, disseram fontes oficiais na sexta-feira.

O crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi discutido nos últimos dias, durante uma visita a Brasília do vice-presidente cubano, Marino Murillo, encarregado das reformas econômicas do presidente Raúl Castro.

"Está sendo discutido o financiamento dos aeroportos", disse à Reuters uma fonte do governo brasileiro que pediu anonimato por não estar autorizada a falar sobre o assunto. "Está sujeito à avaliação da equipe técnica do banco", acrescentou.

Os aeroportos são vitais para a indústria do turismo de Cuba, uma das principais fontes de entrada de divisas da ilha comunista.

Cuba recebeu em 2012 um recorde de 2,8 milhões de visitantes estrangeiros, aumentando a pressão sobre os seus antiquados aeroportos da era soviética.

Outra autoridade brasileira familiarizada com os planos disse que o BNDES tem sobre a mesa um pedido de financiamento de 150 milhões de dólares para vários aeroportos cubanos, incluindo Havana e Santiago de Cuba.

Uma terceira fonte afirmou à Reuters que a Odebrecht já tem uma equipe em Cuba trabalhando no projeto de remodelação do aeroporto de Havana e selecionando fornecedores de materiais. As obras poderiam começar em junho.

Perguntado sobre os planos, um porta-voz da Odebrecht em São Paulo disse em comunicado enviado por email que sua subsidiária em Cuba "não executa atualmente obras em aeroportos deste país".
O Brasil tornou-se um dos maiores aliados econômicos de Cuba, financiando obras e exportações de bens de consumo, desde sapatos a biscoitos. A relação ficou mais estreita durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e continuou com sua sucessora, Dilma Rousseff.

E as obras da Odebrecht são o aspecto mais visível. A construtora trabalha desde 2010 na expansão do porto de Mariel, nos arredores de Havana, um ambicioso projeto de 900 milhões de dólares, dos quais o BNDES financia 680 milhões de dólares.

O projeto, no entanto, causou mal-estar nos Estados Unidos, onde a construtora brasileira tem importantes negócios. O Estado da Flórida, um bastião dos exilados cubanos, aprovou no ano passado uma lei que proíbe contratos públicos com empresas que operam em Cuba. A Odebrecht recorreu argumentando que a medida era inconstitucional.

Para Cuba é uma questão estratégica. O tráfego de passageiros saltou quando foram retiradas restrições norte-americanas para que exilados cubanos visitem a ilha e deve crescer ainda mais após a recente decisão de Raúl Castro de simplificar os trâmites para que cubanos viajem ao exterior.

Levando em consideração que o BNDES costuma financiar até 80 por cento das exportações de serviços de engenharia e bens de capital das empresas brasileiras, o custo das obras nos aeroportos cubanos deve ser da ordem de 190 milhões de dólares.

sábado, 13 de abril de 2013

Combustível brasileiro é o sexto mais caro entre 17 países, diz estudo

Mais um dos inúmeros aspectos que tornam a existência social cada dia mais complicada neste país...

Combustível brasileiro é o sexto mais caro entre 17 países, diz estudo


SÃO PAULO – O Brasil ficou em sexto lugar entre os países com o preço de um litro de gasolina mais alto, segundo levantamento realizado pelo Deutsche Bank. No País, segundo o banco, se paga em média US$ 1,83 por litro de combustível, 85% a mais do que nos Estados Unidos (US$ 0,99).
Ainda de acordo com o levantamento, na frente do Brasil ficaram Hong Kong (130%), Reino Unido (110%), França (108%), Alemanha (106%) e Japão (91%). Veja a lista na tabela abaixo:
Preço da gasolina
Cidade Preço % em relação à Nova York
Fonte: Deutsche Bank
Hong Kong US$ 2.27 130%
Reino Unido US$ 2,08 110%
França US$ 2,06 108%
Alemanha US$ 2,04 106%
Japão US$ 1,89 91%
Brasil US$ 1,83 85%
Nova Zelândia US$ 1,73 75%
Austrália US$ 1,69 71%
Singapura US$ 1,61 62%
Canadá US$ 1,44 46%
África do Sul US$ 1,40 41%
Índia US$ 1,38 39%
China US$ 1,29 30%
Estados Unidos US$ 0,99 0%
Rússia US$ 0,99 0%
México US$ 0,86 -14%
Malásia US$ 0,85 -14%

Outros valores
O levantamento também mostrou  a relação de outros valores. No transporte público, por exemplo, o estumo mostrou que a média brasileira é mais em conta do que nos Estados Unidos, sendo que os brasileiros pagam US$ 1,28 contra US$ 2,25 dos americanos, uma diferença de 43%.
Uma corrida de táxi de 3 km também é mais vantajosa no Brasil, pois custa US$ 6,17 em São Paulo no Rio de Janeiro, o que classifica as cidades entre as 15 mais baratas em relação à Nova York, com 43% a menos que a cidade-base. Já a cidade de Wellington, na Nova Zelândia, registrou o valor mais alto, de US$ 14,45, ficando 34% mais cara que a cidade americana, onde a corrida de táxi custa US$ 10,75.