segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo! Feliz Timor Leste Novo!

Primeiro, os clichês: um Feliz Ano Novo a todos os leitores, muita saúde, paz e harmonia para todos!

Agora, os agradecimentos: este ano de 2012, que chegou ao fim, o ano I do blog, foi muito bom como em geral são todos os começos de empreitadas. Obrigado a todos que leram e acompanharam, mesmo diante dos hiatos de atualização: espero sinceramente que as coisas postadas aqui tenham sido de relevância a quem por aqui esteve. Ótimo 2013 a todos nós!

Por fim, um Feliz Ano Novo especial ao povo da República Democrática de Timor Leste. Este enclave lusófono (êee Portugal e seu rastro de incompetência colonial...) no Sudeste Asiático consegue, a partir de hoje, a real independência e autonomia política, e isto é muito especial. Como 2013 começou antes por lá (coisas do fuso horário), que minhas palavras de alegria não cheguem tarde. Viva!







Timor-Leste: Conselho de Segurança elogia o progresso do país rumo à democracia

19 de dezembro de 2012 · Notícias

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A poucos dias de terminar sua missão de paz no Timor-Leste, o Conselho de Segurança elogiou (19) os progressos conquistados pelo pequeno país do sudeste asiático, que na última década deixou de ser um enclave colonial para passar a ser um Estado independente e democrático. O Presidente do Conselho em dezembro, o Embaixador do Marrocos, Mohammed Loulichki, ressaltou os avanços em segurança, justiça e governança obtidos pelo Timor-Leste que desempenharam “um papel crucial na garantia da estabilidade e promoção da democracia”.
Loulichki elogiou as recentes eleições parlamentares e presidenciais, que, segundo o Embaixador, “ajudaram a consolidar as instituições democráticas do Timor-Leste”. O país enfrentou uma longa e violenta jornada para sua independência e democracia desde que se separou da Indonésia em 2002. Depois de outro surto de combates em 2006, a ONU criou a Missão Integrada da ONU no Timor-Leste (UNMIT) para substituir missões anteriores na nação asiática.
Desde então, o país progrediu no caminho da democracia. Este ano, o Timor-Leste comemorou o 10 º aniversário da sua independência, solicitou a retirada esperada e definitiva da UNMIT, elegeu um novo presidente e realizou eleições parlamentares, que foram em grande parte pacíficas e realizadas de uma forma ordenada.

Missão de paz da ONU no Timor-Leste acaba este mês

18 de dezembro de 2012 · Destaque

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Secretário-Geral da ONU à época, Kofi Annan (esq.) é recebido em Dili, capital do Timor-Leste, pelo líder da independência Xanana Gusmão e o Administrador Transitório da ONU, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. (ONU/Eskinder Debebe, em 17 de fevereiro de 2000
Presentes no país desde 1999 – para conduzir o processo de independência do Timor-Leste da Indonésia – finalmente os boinas azuis deixam o país, no dia 31 de dezembro, quando a Missão Integrada das Nações Unidas no Timor-Leste (UNMIT) terá suas atividades encerradas. A partida, porém, não representa o fim do engajamento da ONU na pequena ilha, que ainda enfrenta muitos desafios.
Desde sua independência, o Timor-Leste recebeu cinco forças de paz da ONU, cada uma com um mandato diferente, criado pelo Conselho de Segurança para atender as dificuldades e necessidades que o país atravessava.
A última delas, a UNMIT, foi estabelecida em agosto de 2006, e garantiu o cumprimento da lei e a segurança pública até que a polícia timorense – praticamente inexistente até então – pudesse ser reconstituída e estivesse em condições de assumir esses papeis.
O amplo mandato incluiu ajuda ao Governo para a realização de eleições; capacitar os setores de governança, justiça e segurança; fortalecer os mecanismos de direitos humanos; e concluir investigações sobre sérias violações de direitos humanos cometidas em 1999 – ano em que a primeira das cinco missões da ONU chegou ao país.
Ela substitui uma missão política que funcionou de maio de 2005 a agosto de 2006: o Escritório das Nações Unidas no Timor-Leste (UNOTIL), que apoiou o desenvolvimento de instituições nacionais fundamentais e da polícia. Também ofereceu treinamento sobre governança democrática e direitos humanos.
Já a Missão das Nações Unidas de Apoio no Timor-Leste (UNMISET), de maio de 2002 a maio de 2005, foi uma operação de manutenção da paz que ofereceu assistência ao recém-independente Timor-Leste, agora sob o comando do presidente democraticamente eleito Xanana Gusmão, até que todas as responsabilidades operacionais fossem completamente devolvidas às autoridades nacionais e o país alcançasse autossuficiência.
A Missão das Nações Unidas no Timor-Leste (UNAMET), de junho a outubro de 1999, foi uma missão política para organizar e conduzir uma consulta popular sobre a adoção de uma autonomia especial dentro da Indonésia. Porque o povo escolheu a independência, iniciou-se a Administração Transitória das Nações Unidas no Timor-Leste (UNTAET), liderada pelo brasileiro Sérgio Vieira de Mello de outubro de 1999 a maio de 2002 – uma missão de paz em formato sem precedentes.

O progresso do Timor-Leste

A resiliência e a determinação do povo timorense e de seus líderes – com apoio da comunidade internacional, incluindo o Brasil – fez o país progredir. Os deslocados retornaram para suas casas. Desde março de 2011, a polícia nacional assumiu a responsabilidade de todo o país, sem problemas significativos de desrespeito à lei e à ordem. A sociedade civil timorense e a imprensa estão crescendo cada vez mais fortes, contribuindo de forma importante para o debate democrático no país.
A pobreza diminuiu como resultado de investimentos públicos em infraestrutura e serviços, alimentados com os recursos do petróleo. A expectativa de vida aumentou mais de dois anos, chegando agora a 62,1. As matrículas na escola primária passaram de 63% em 2006 para 90% atualmente e o país está no caminho para acabar com analfabetismo adulto até 2015.
Este ano, mais de 70% da população compareceu às urnas para escolher presidente e parlamentares. Por meio de um sistema de cotas, o Legislativo nacional foi composto agora por 38% de mulheres – a maior representação parlamentar feminina no Pacífico Asiático.
Para saber mais sobre como a nação foi erguida após a guerra, acesse “Momentum: Timor-Leste molda um futuro vibrante”:www.momentum.tl/pt
O website – criado pela UNMIT – está disponível em português, inglês e tétum.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Novo Relatório de Desenvolvimento Humano será lançado no começo de 2013


Novo Relatório de Desenvolvimento Humano será lançado no começo de 2013

13 de dezembro de 2012 · Comunicados

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“A ascensão do sul: o progresso humano em um mundo heterogêneo” é o tema da nova edição do Relatório de Desenvolvimento Humano que será publicado no início do próximo ano.
O Relatório de 2013 trará um novo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), assim como três outros índices complementares: IDHAD (IDH Ajustado à Desigualdade); Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) e Índice de Pobreza Multidimensional (IPM).
Publicado anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), esta nova edição inclui contribuições especiais sobre o tema de personalidades como Amartya Sen, Prêmio Nobel; Akihiko Tanaka, Presidente da Cooperação Internacional Japonesa; Michael Bloomberg, Prefeito de Nova York; Cevdet Yilmaz, Ministro do desenvoldimento da Turquia; entre outros.
Saiba mais clicando aqui.

sábado, 29 de dezembro de 2012

O preço do carro no Brasil é bizarro? Olha isso...

Que bom... os brasileiros, além de vistos como trouxas aqui dentro do país, agora também são vistos da mesma forma lá fora... que beleza!



Forbes ironiza preços da Chrysler no Brasil e quem busca status em carro caro

Do UOL, em São Paulo (SP)


  • Divulgação
    Jeep Grand Cherokee: nos EUA é carro de classe média baixa; no Brasil, só o bacana tem...
    Jeep Grand Cherokee: nos EUA é carro de classe média baixa; no Brasil, só o bacana tem...
Um jornalista da versão online da revista americana Forbes, especializada em finanças e muito conhecida por compilar listas das maiores fortunas do mundo, escreveu um artigo em que ataca o preço excessivo cobrado no Brasil por modelos da Chrysler. Especificamente, citou o Jeep Grand Cherokee, já à venda no país, e antecipou crítica ao futuro preço do Dodge Durango, que só deve ser mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro.

Jeep e Dodge são marcas do grupo Chrysler, hoje controlado pela Fiat.

"Alguém pode imaginar que pagar US$ 80 mil por um Jeep Grand Cherokee significa que ele vem equipado com rodas folheadas a ouro e asas. Mas no Brasil esse é o preço de um básico".

É assim, em tradução literal, que começa o texto de Kenneth Rapoza, jornalista que cobre os países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) para a Forbes. O título original é "Brazil's ridiculous $80,000 Jeep Grand Cherokee", que, vertido ao pé da letra, fica "O Jeep Grand Cherokee brasileiro de ridículos US$ 80 mil". O termoridiculous, quando usado em frases construídas assim, serve para sublinhar o exagero daquilo a que se refere (no caso, o preço), em vez de simplesmente significar "ridículo". Mas a crítica continua duríssima.

Rapoza centra sua argumentação nos modelos da Chrysler e não comenta, por exemplo, que mesmo os carros fabricados no Brasil também são relativamente caros. O jornalista aponta os culpados de sempre pelos preços inflados (ele prevê o Durango a R$ 190 mil): impostos sobre importados e outras taxas aplicáveis a produtos industriais. "Com os R$ 179 mil que paga por um único Grand Cherokee, um brasileiro poderia comprar três, se vivesse em Miami", escreve Rapoza. O valor é o da versão Laredo; a Limited custa R$ 204,9 mil.

Mas a questão principal, para ele, é mostrar que o brasileiro que gasta esse dinheiro todo num modelo Jeep não deveria acreditar que está comprando um produto que lhe dê status. "Sorry, Brazukas" (sic), escreve Rapoza. "Não há status em comprar Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Cherokee ou Dodge Durango; não se deixe enganar pelo preço cobrado".

O jornalista acrescenta que "um professor de escola primária pública no Bronx [bairro de Nova York]" pode comprar um Grand Cherokee pouco rodado, enquanto no Brasil trata-se de carro de bacana. A citação de Civic e Corolla é importante porque, nos Estados Unidos, estes são considerados carros baratos, de entrada -- mas no Brasil, mesmo fabricados localmente, custam mais de R$ 60 mil (cerca de US$ 30 mil).

SE É CARO, É MELHOR
O que Kenneth Rapoza diz, no fundo, é que o consumidor brasileiro confunde preço alto com qualidade, e/ou atribui status a qualquer coisa que seja cara. O jornalista reconhece que vê esse "valor de imagem" em carros de Audi, BMW, Mercedes-Benz e grifes esportivas italianas, mas jamais em modelos do grupo Chrysler.

Essa tese é explicada exaustivamente por Rapoza nas respostas aos comentários de leitores, que, até a publicação desta reportagem, eram 88 -- muitos deles postados por pessoas usando nomes brasileiros.

Ali, o próprio Rapoza arrisca algumas palavras em português. Em seu perfil no site da Forbes, o jornalista relata que cobriu o país "pré-Lula e pós-Lula", sendo que nos últimos cinco anos trabalhou como correspondente aqui para o Wall Street Journal e a agência Dow Jones. Agora está baseado em Nova York.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Por obras da Copa, prefeito de Belo Horizonte vai ao STF pedir corte do orçamento de educação

Mas que beleza sr. Lacerda (sobrenome de cretino o sr. já tem né?!)... Depois eu sou contra a realização da Copa no Brasil e sou um chato...


Por obras da Copa, prefeito de Belo Horizonte vai ao STF pedir corte do orçamento de educação

Carlos Eduardo Cherem
Do UOL, em Belo Horizonte

O prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB), por meio de sua assessoria, confirmou nesta sexta-feira (14) ter recorrido ao STF (Supremo Tribunal Federal) para suspender dispositivo da Lei Orgânica do Município que determina a aplicação de 30% do orçamento municipal em educação.
Na ação cautelar, com pedido de liminar, o prefeito alega que, além de prejudicar os investimentos para a Copa do Mundo de 2014, a prefeitura pode ter as contas rejeitadas com a manutenção da regra. O Executivo de Belo Horizonte quer investir somente os 25% do orçamento, exigidos pela Constituição Brasileira.No projeto 2378/2012, da Lei Orçamentária do município para 2013, enviado por Lacerda à Câmara Municipal de Belo Horizonte, a previsão é de uma receita da ordem de R$ 9,9 bilhões. Assim, caso consiga suspender a aplicação do dispositivo da Lei Orgânica, a Prefeitura da capital mineira deverá deixar de aplicar algo em torno de R$ 500 milhões em educação no próximo ano.
O processo foi distribuído ao ministro Dias Toffoli, relator de um recurso extraordinário da Prefeitura de Belo Horizonte, que tramita na corte, para tentar suspender a mesma lei.

Histórico

Há mais de duas décadas, 30% do orçamento do município é aplicado em educação na capital mineira. A Lei Orgânica de Belo Horizonte é de 21 de março de 1990.
A Prefeitura de Belo Horizonte já havia entrado com uma ação nesse sentido no TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), no primeiro semestre deste ano, mas teve seu pedido negado.
Na ação no STF, a prefeitura alega que, ao aumentar o percentual de investimento em educação, a Lei Orgânica de Belo Horizonte, além de ferir a Constituição, coloca uma base de cálculo específica para definir o valor anual.
Ainda de acordo com a ação, com a manutenção do percentual de 30% investidos em educação, a cidade ficaria prejudicada. "Obstaculizando execução de projetos relacionados à mobilidade urbana (...) na imperativa agenda nacional para a Copa do Mundo de 2014".
De acordo com a ação, há jurisprudência no Supremo negando mudanças que alteram o critério de apuração da cota. Na avaliação dos advogados da prefeitura, pela Lei Orgânica, a prefeitura seria obrigada a investir valores até 123% superiores aos que seriam o limite constitucional. Segundo a prefeitura, o investimento em educação representa mais do que 51% de sua arrecadação tributária.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Orçamento do Rio-2016 aumenta 68% e governo pagará parte da conta



Orçamento do Rio-2016 aumenta 68% e governo pagará parte da conta 


“O orçamento do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio já estourou e o governo pagará parte da conta.
Quando a cidade foi escolhida para receber a Olimpíada, em 2009, a estimativa de gastos do comitê era de R$ 5,6 bilhões.
Três anos depois, o valor já aumentou para, no mínimo, R$ 9,4 bilhões, um acréscimo de 68% – a inflação acumulada no período foi de 25% segundo o IGPM.
O Rio-2016 alega que o orçamento inicial, da época da candidatura, era preliminar e já seria revisto para uma primeira versão de orçamento, com a inclusão de dados e despesas de forma mais detalhada”.
As informações foram colhidas e reveladas pelo repórter Thiago Arantes e estão minuciosamente detalhadas na página da ESPN na internet.
Perguntado sobre o estouro, Carlos Nuzman preferiu desdenhar, ao alegar que a informação é prematura.
Nuzman, por sinal, tem como membro do conselho do COB, e seu assessor para assuntos financeiros, o ex-banqueiro Edson Figueiredo Menezes, presidente do banco Prósper, em liquidação por determinação do Banco Central e com seus bens indisponíveis por decisão da Justiça.
Menezes foi eleito na chapa de Nuzman na última reeleição no COB, apesar de o estatuto da entidade exigir reputação ilibada de seus membros.
Comentário para o Jornal da CBN desta quinta-feira, 20 de dezembro de 2012.
Mais detalhes você encontra aqui.
http://blogdojuca.uol.com.br/2012/12/orcamento-do-rio-2016-aumenta-68-e-governo-pagara-parte-da-conta/

Estado de SP banca pensão vitalícia a 266 na Assembleia

Bem, num país como o Brasil, que ainda não chegou em 1789 e, portanto não conhece a revolução Francesa, é natural que nobreza e clero tenham montanhas de privilégios e ganhem muito mais que o resto da plebe.
A pergunta é, quando esse escroto Estado de São Paulo vai ter seu Robespierre para fazer uma visitinha tanto no Palácio dos Bandeirantes quanto no Palácio 9 de Julho?
Para matar trabalhador, São Paulo tem vários malandros. E para corrigir os rumos políticos e morais do Estado? Cadê?
E assim se esvai os famigerados recursos para a Educação, Saúde, Segurança e Transportes... E lá se vão 33 milhões para sustentar vagabundos...



Estado de SP banca pensão vitalícia a 266 na Assembleia


Dois ex-ministros, um ex-governador, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), uma viúva de governador, a madrasta de um senador e até o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estão entre os 266 ex-deputados ou dependentes que recebem pensão vitalícia relativa à extinta carteira previdenciária dos deputados paulistas. Instituída em 1976, a carteira foi encerrada em 1991, mas aqueles que contribuíam com ela tiveram seus direitos preservados.
O governo do Estado, que atualmente é quem banca as pensões, gasta anualmente cerca de R$ 33 milhões com os 148 dependentes e 118 ex-deputados que recebem o benefício - são 125 na lista, mas sete cumprem mandato e atualmente não ganham.
A lista dos beneficiários foi repassada à reportagem pela Secretaria da Fazenda após pedido com base na Lei de Acesso à Informação. Até a vigência da lei, a secretaria informava o número de pensionistas e o valor total gasto, mas preservava o sigilo da identificação deles.
Os vencimentos variam de R$ 10.021 a R$ 18.725 no caso de ex-deputados, e de R$ 7.515 a R$ 18.725 no caso de dependentes. Como o teto do funcionalismo subirá em janeiro porque o salário do governador Geraldo Alckmin será reajustado, o teto das pensões chegará ao dos salários dos deputados - R$ 20.042.
Os dois ex-ministros que recebem pensão da Assembleia são Wagner Rossi, que chefiou a Agricultura no governo Dilma Rousseff, e Almir Pazzianotto, responsável pelo Trabalho no governo José Sarney. Ambos cumpriram dois mandatos na Assembleia e recebem, mensalmente, R$ 10.021, metade do salário de um deputado estadual.
A lei que instituiu a carteira previa que com oito anos de contribuição o parlamentar poderia requerer metade da pensão, e daí proporcionalmente até 20 anos de contribuição, quando poderia receber o valor total.
Compulsória
Rossi não respondeu os contatos da reportagem. Pazzianotto, que acumula a pensão da assembleia com a do Tribunal Superior do Trabalho, afirmou que, quando entrou no Legislativo, a contribuição com a carteira era compulsória. “E não me pareceu justo deixar de receber depois de ter contribuído. Se eu morresse, minha família não receberia nada.” Ele disse também que contribuiu por mais de 20 anos com a Previdência Social e não recebe nada porque se aposentou no serviço público.
Outro que recebe por ter cumprido dois mandatos é o ex-governador e vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, que ganha R$ 12.025 mensais. Ele foi deputado entre 1971 e 1979. Goldman não quis comentar sobre a moralidade do benefício. “Nem discuto essa questão”.
O conselheiro do TCE Robson Marinho, que recebe cerca de R$ 20 mil líquidos no tribunal, também recebe R$ 10.021 mensais de pensão.
O presidente da CBF, José Maria Marin, que ganha salário de R$ 160 mil na confederação e R$ 110 mil no Comitê Organizador da Copa, ganha R$ 16.033 de pensão por dois mandatos cumpridos na Casa. A assessoria de Marin informou que ele está em viagem e não poderia comentar.
A madrasta do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), Roseli Fátima Gonzales, recebe R$ 7.515 todo mês por ter se casado com o pai do senador, também chamado Aloysio Nunes Ferreira, que foi deputado estadual durante dois mandatos na Assembleia. Detalhe: ele trabalhou no Legislativo paulista de 1954 a 1962, antes, portanto, da criação da carteira, que só seria instituída mais de uma década depois, em 1976. A reportagem não conseguiu localizar Roseli Fátima.
Candidato à Presidência da República pelo PSOL em 2010, Plínio de Arruda Sampaio também figura entre os pensionistas, embora nunca em seus 82 anos de vida tenha sido deputado estadual. Plínio foi deputado federal e foi incluído na carteira porque esta compreendia todos os parlamentares de São Paulo, estaduais e federais. Ele recebe R$ 10.021 mensais.
O ex-candidato diz que chegou a abrir mão da pensão, mas sustenta que o governo do Estado lhe afirmou que não podia por se tratar de uma “verba familiar” e, portanto, compulsória. Ele diz que durante algum tempo não mexeu no dinheiro depositado, até que um filho o convenceu a receber a pensão e sugeriu que ela custeasse sua militância política.
Plínio afirma que a verba hoje ajuda a pagar um jornal de esquerda que edita. “Esse dinheiro vai inteirinho para custear o Correio da Cidadania. Ele não entra na minha fazenda pessoal.”
Também é pensionista Florinda Gomes Covas, a dona Lila, viúva do ex-governador Mário Covas. Covas, assim como Plínio, nunca cumpriu mandato na Assembleia Legislativa, mas foi deputado federal durante três legislaturas. Ela não foi localizada para comentar o assunto. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.